As pteridófitas possuem raízes, caule e folhas. Na escala evolutiva, foram as precursoras dos vasos condutores de seiva (xilema e floema). São plantas sem sementes, ou seja, são criptógamas. Os vasos condutores possibilitaram melhor desenvolvimento do porte da planta, chegando a alcançar alguns metros de altura, como o samambaiaçu (de onde se extrai o xaxim) e também contribuiu para a adaptação ao ambiente terrestre.
As plantas coletivamente chamadas pteridófitas são atualmente classificadas em dois filos: Pteridophyta e Lycopodiophyta.
Veja também: Reprodução das plantas [8]
As pteridófitas são plantas vasculares, ou seja, apresentam xilema e floema, são dotadas de raiz, caule e folhas. São indivíduos que não possuem sementes nem flores.
Algumas espécies se reproduzem assexuadamente por fragmentação ou brotamento (pedaços do caule). Mas o principal tipo de reprodução é sexuada por metagênese ou alternância de gerações.
Nas pteridófitas, os gametófitos são reduzidos e os esporófitos são a fase predominante do ciclo de vida. Nos esporófitos, os esporângios podem ficar reunidos em estruturas especiais chamadas soros. Cada soro corresponde a vários esporângios inseridos na face inferior das folhas. Pteridófitas do grupo das selaginelas possuem os esporângios reunidos em estróbilos (ou cones), ramos curtos com pequenas folhas férteis.
Na face inferior das folhas férteis localizam-se os esporângios. Os esporângios são pequenas bolsas no interior das quais são encontradas as células-mãe de esporos (2n) e que por meiose produziram esporos (n). O esporângio possui na epiderme um espaçamento formado por uma camada de células que o envolve, deixando um pedaço de epiderme sem proteção.
O esporângio perde água, tornando-se ressecado. A região sem proteção, rompe-se e os esporos são liberados. Caindo em ambiente favorável, germinam, originando o protalo. O protalo é hermafrodita ou monoico, ou seja, possui anterídeos (gametângios masculinos) e arquegônios (gametângios femininos), nos quais se formam os gametas. A abertura do anterídeo ocorre pela presença de água que provém de respingos da chuva ou de orvalho.
Com a presença de água, os anterozoides são liberados. Atingindo o arquegônio, nadam até a oosfera, fecundando-a e formando o zigoto (2n) que, ao se desenvolver, origina o esporófito. Na face inicial de desenvolvimento, o esporófito alimenta-se do gametófito, depois passa a ter vida independente, e o gametófito regride e desaparece.
No ciclo de vida das samambaias, os esporos (n) são liberados e, ao germinar, dão origem ao gametófito, que nesse grupo é denominado protalo. Em um mesmo protalo desenvolvem-se gametângios femininos e masculinos. Depois da fecundação da oosfera pelo anterozoide, forma-se o embrião que dará origem ao esporófito, reiniciando o ciclo de vida.
São vegetais mais bem adaptados à vida terrestre que as briófitas [9], mas ainda dependem da água para a reprodução, o que limita seu espaço a ambientes úmidos e sombrios. Algumas espécies vivem em ambientes de água doce. Outras espécies são epífitas, ou seja, usam outra planta como suporte sem parasitá-la.
» PACIENCIA, Mateus LB; PRADO, JEFFERSON. Efeitos de borda sobre a comunidade de pteridófitas na Mata Atlântica da região de Una, sul da Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 27, n. 4, p. 641-653, 2004.
» PIETROBOM, Marcio Roberto; BARROS, Iva Carneiro Leão. Associações entre as espécies de pteridófitas em dois fragmentos de Floresta Atlântica do Nordeste Brasileiro. Biotemas, v. 19, n. 3, p. 15-26, 2006.
» FERNANDES, Rozijane Santos et al. Samambaias e licófitas do município de Caxias, Maranhão, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Ciências Naturais, v. 5, n. 3, p. 345-356, 2010.