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Celta é a designação dada a um conjunto de povos organizados em múltiplas tribos. Eles também eram pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do Oeste da Europa a partir do segundo milênio a.C..
Pela inexistência de dados e documentos originais, grande parte da história dos celtas é hipotética. Sabe-se que ela se estendeu por 19 séculos.
Os Celtas foram os primeiros povos civilizados da Europa. Chegaram neste continente junto com a primeira onda de colonização ainda em 4.000 a.C.. Em 1.800 a.C., já tinham a sua cultura e o território totalmente estabelecidos, isso enquanto os gregos e os romanos nem sonhavam em nascer.
Seus domínios eram compreendidos entre a região da Alemanha, Holanda, Dinamarca, Bélgica, França e Inglaterra.
Tinham uma estrutura de família bem peculiar. Eles viviam em vilas ou em aldeias. Na Irlanda, essa formação eram chamadas de túath. Nelas, cada uma possuía seu líder, em alguns casos, o túath poderia conter um forte, onde viveria a nobreza ou a família aristocrata governante.
Ainda sobre a estrutura social, os Celtas se dividiam em: druidas, nobreza, aristocracia, plebe e escravos. A maioria desses povos viviam da agricultura e da pecuária. Porém, os Celtas também caçavam para se alimentar.
Os Celtas praticavam o comércio há vários séculos, este baseado em metais como o bronze, ferro e estanho. Outros produtos também se destacavam no comércio celta, eram as cerâmicas e escravos. O comércio tinha como base o escambo.
Foi só por volta do século III a.C na Gália, que surgiram as primeiras moedas. Elas eram confeccionadas em ouro e baseadas no modelo das moedas de Alexandre, o Grande.
Além de vender mercadorias, os celtas, principalmente as famílias mais ricas compravam muitos produtos que seriam considerados como artigos de luxo. Vinho, tecidos, joias, ouro, prata, cerâmicas ornamentadas vindas da Grécia e de Roma, eram alguns desses produtos.
A arte celta se divide em quatro fases: Estilo da Cultura de Hallstatt (900-500 a.C), Estilo da Cultura de La Tène (500 – 50 a.C), Estilo Romanizado: Continental e Insular (séc. I ao V d.C) e Estilo Medieval Insular: Irlandês e Bretão (séc. V ao X).
O estilo da cultura de Hallstatt marca o início do começo da arte celta, onde os trabalhos em metais e outros materiais, como a pedra e a madeira, ainda estão sendo desenvolvidos.
A mitologia celta se dividida em três categorias: goidélica: Irlanda e Escócia; britânica insular e céltica continental. O problema é que como os celtas compreendiam vários povos, cada povo celta possuía seus próprios deuses, embora houvessem alguns deuses em comum. Os deuses celtas não possuíam atributos específicos como visto entre os deuses greco-romanos.
A religião celta antiga era de caráter politeísta, animista, dualista (masculino e feminino), naturalista (no sentido de estar muito ligada a natureza e suas mudanças), uma religião ligada a magia.
Pela atuação do povo celta ao longo dos anos que se manteve dominante, muito foi deixado de legado para as gerações futuras. Um dos mais relevantes vem da atuação com introdução do manuseio do ferro e da metalurgia, juntamente a utilização do mesmo.
Outro ponto vem da língua. Hoje em dia ainda existem pessoas que falam algumas línguas célticas. Essas pessoas estão concentradas, principalmente, na Bretanha, região da França; País de Gales, na Cornualha (região do sudoeste da Inglaterra), nas Ilhas de Man (entre a Inglaterra e a Irlanda), na Irlanda e na Escócia.
Alguns aspectos da mitologia e da religião celta ainda se encontram hoje sendo retratados em alguma religiões neopagãs como a Wicca e o Neodruidismo. Os mitos e lendas que cercam os celtas e sua religião influenciaram a literatura ocidental, em especial a literatura infantil e a ficção.