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Recifes de corais

O filo Cnidaria (cnidários) é composto pelas hidras, medusas, anêmonas-do-mar (indivíduos isolados) e pelas caravelas e corais (coloniais). Os corais formam colônias marinhas, principalmente em águas relativamente quentes, com temperaturas entre 23º-25ºC, normalmente crescem nas das regiões equatoriais e tropicais. As primeiras formações datam de 250 milhões de anos.

Para que se desenvolvam, os corais necessitam das algas, num processo denominado de simbiose. As algas se alojam no interior dos corais e liberam compostos orgânicos que favorecem seu progresso, em contrapartida, os corais liberam substâncias que fazem com que as algas vivem e cresçam ao seu redor.

Corais

Os recifes são formados por colônias de corais (Foto: depositphotos)

O que é um recife de coral?

Os corais são estruturas calcárias encontradas na maioria dos oceanos. Eles se desenvolvem em colônias, formando um recife de corais coberto por milhares de pólipos (estrutura cilíndrica em forma de saco). Quando um pólipo morre, outro nasce no lugar e assim por diante.

A maior variedade de espécies de corais encontra-se na região Indo-Pacífico, abrangendo as Filipinas, o arquipélago da Indonésia, Nova Guiné e o Norte da Austrália.

A maioria dos recifes se desenvolve em profundidade em torno de 25 metros, pois a presença de luz é fundamental para o processo de fotossíntese

Tipos de corais

Existem três tipos principais de corais:

  • Franja: continental
  • Barreira: continental
  • Atóis: oceânico.

Os continentais crescem nas margens continentais. Os oceânicos, em pleno oceano e quase sempre relacionados a montanhas submarinas.

Reprodução

Há representantes que possuem sexos separados e outros que são hermafroditas. A fecundação pode ser externa ou interna. Do ovo surge a larva típica dos cnidários, a plânula, que é ciliada e de vida planctônica.

Após o assentamento no substrato, a plânula sofre metamorfose e dá origem ao pólipo jovem. Na reprodução sexuada, o coral expele o gameta feminino e o masculino na água e estes se encontram por afinidade química. Na maioria das espécies as larvas se formam dentro de dois dias aproximadamente.

O maior coral do mundo

A maior formação de recifes do planeta fica na Austrália. A Grande Barreira de Coral tem uma área contínua de 350.000 km² e 2.600 quilômetros de extensão. Nela vivem mais de 400 espécies diferentes.

Importância dos recifes de coral

Recife de corais

Os recifes de corais têm um papel biológico essencial para a fauna e flora marinha (Foto: depositphotos)

Os recifes de coral são importantíssimos para a manutenção da biodiversidade do ecossistema aquático, pois inúmeros peixes, crustáceos, esponjas, algas e moluscos fazem parte deste ambiente. A ciência afirma que existem milhões de espécies ainda desconhecidas pelo homem vivendo nos recifes coralinos.

Os recifes têm um papel biológico essencial, pois além de agrupar tamanha riqueza de seres vivos, eles também atuam protegendo a costa litorânea e até mesmo os portos, evitando a erosão provocada pelas ondas.

Furacões, ciclones e grandes variações climáticas podem afetar os corais, podendo achatá-los ou quebrá-los. Os recifes também possuem grande importância econômica, servindo como fonte de alimento e renda para muitas pessoas. 

No Brasil

No Brasil, os recifes alcançam aproximadamente 3.000 km de costa, desde o Maranhão até o Sul da Bahia, sendo os únicos representantes do Atlântico Sul. Muitas atividades humanas estão sendo responsáveis pela degradação dos recifes de corais, ocasionando a perda da biodiversidade e provocando impacto ambiental.

Unidades de conservação

Existem unidades de conservação a nível federal, estadual e municipal que visam à preservação desses ambientes e as principais que protegem os recifes em nosso país são: 

  1. Parque Estadual Marinho do Parcel do Manuel Luis/MA
  2. Reserva Biológica do Atol das Rocas/RN
  3. Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha/PE
  4. Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha – Rocas – São Pedro e São Paulo 
  5. Área de Proteção Ambiental Estadual dos Recifes de Corais
  6. Parque Estadual Marinho da Areia Vermelha
  7. Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais/PE/AL 
  8. Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré 
  9. Área de Proteção Ambiental do Litoral Norte/BA
  10. Área de Proteção Ambiental da Plataforma Continental do Litoral Norte
  11. Área de Proteção Ambiental da Baía de Todos os Santos/BA 
  12. Área de Proteção Ambiental Municipal Recifes de Pinaúnas/BA 
  13. Área de Proteção Ambiental Tinharé- Boipeba/BA
  14. Área de Proteção Ambiental da Baía de Camamu/BA
  15. Parque Municipal Marinho da Coroa Alta/BA
  16. Área de Proteção Ambiental Santo Antônio/BA
  17. Parque Municipal Marinho do Recife de Fora/BA
  18. Reserva Extrativista Marinha de Corumbau/BA 
  19. Parque Municipal Marinho do Recife de Areia/BA
  20. Parque Nacional Marinho de Abrolhos/BA 
  21. Área de Proteção Ambiental Ponta da Baleia/Abrolhos.
Resumo do Conteúdo
Nesse texto você aprendeu que:

  • Os corais pertencem ao Filo Cnidaria.
  • Os corais vivem em colônias.
  • Os corais são estruturas calcárias encontradas na maioria dos oceanos.
  • Eles se desenvolvem em águas mais quentes.
  • O maior coral fica na Austrália.

Exercícios resolvidos

1- O que são os corais?
R: Indivíduos marinhos que vivem em colônia e têm formação calcária.
2- Onde vivem os corais?
R: Nas águas quentes dos oceanos, geralmente rasas.
3- Quais tipos de corais existem?
R: Três. Franja, Barreira e Atol.
4- Qual o maior recife de coral do mundo?
R: A Grande Barreira de Coral da Austrália.
5- No Brasil existe recife de corais?
R: Sim. Na costa do Maranhão até a Bahia.
Referências

» MELO, Rodrigo de S.; CRISPIM, Maria Cristina; DE LIMA, Eduardo RV. O turismo em ambientes recifais: em busca da transição para a sustentabilidade. Caderno Virtual de Turismo, v. 5, n. 4, 2005.

» CORREIA, Monica Dorigo; SOVIERZOSKI, Hilda Helena. Ecossistemas Marinhos: recifes, praias e manguezais. Edufal, 2005.

» PRATES, Ana Paula Leite. Recifes de Coral e Unidades de Conservação Costeiras e Marinhas no Brasil: uma análise da representatividade e eficiência na conservação da biodiversidade. 2011.

Sobre o autor

Natália Duque é Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.