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Os corais são estruturas calcárias encontradas na maioria dos oceanos. Eles se desenvolvem em colônias, formando um recife de corais coberto por milhares de pólipos (estrutura cilíndrica em forma de saco). Quando um pólipo morre, outro nasce no lugar e assim por diante.
A maior variedade de espécies de corais encontra-se na região Indo-Pacífico, abrangendo as Filipinas, o arquipélago da Indonésia, Nova Guiné e o Norte da Austrália.
A maioria dos recifes se desenvolve em profundidade em torno de 25 metros, pois a presença de luz é fundamental para o processo de fotossíntese [11].
Existem três tipos principais de corais:
Os continentais crescem nas margens continentais. Os oceânicos, em pleno oceano e quase sempre relacionados a montanhas submarinas.
Há representantes que possuem sexos separados e outros que são hermafroditas. A fecundação pode ser externa ou interna. Do ovo surge a larva típica dos cnidários, a plânula, que é ciliada e de vida planctônica.
Após o assentamento no substrato, a plânula sofre metamorfose e dá origem ao pólipo jovem. Na reprodução sexuada, o coral expele o gameta feminino e o masculino na água e estes se encontram por afinidade química. Na maioria das espécies as larvas se formam dentro de dois dias aproximadamente.
A maior formação de recifes do planeta fica na Austrália. A Grande Barreira de Coral tem uma área contínua de 350.000 km² e 2.600 quilômetros de extensão. Nela vivem mais de 400 espécies diferentes.
Os recifes de coral são importantíssimos para a manutenção da biodiversidade do ecossistema aquático, pois inúmeros peixes, crustáceos, esponjas, algas e moluscos fazem parte deste ambiente. A ciência afirma que existem milhões de espécies ainda desconhecidas pelo homem vivendo nos recifes coralinos.
Os recifes têm um papel biológico essencial, pois além de agrupar tamanha riqueza de seres vivos [12], eles também atuam protegendo a costa litorânea e até mesmo os portos, evitando a erosão provocada pelas ondas.
F [13]uracões, ciclones e grandes variações climáticas podem afetar os corais, podendo achatá-los ou quebrá-los. Os recifes também possuem grande importância econômica, servindo como fonte de alimento e renda para muitas pessoas.
No Brasil, os recifes alcançam aproximadamente 3.000 km de costa, desde o Maranhão até o Sul da Bahia, sendo os únicos representantes do Atlântico Sul. Muitas atividades humanas estão sendo responsáveis pela degradação dos recifes de corais, ocasionando a perda da biodiversidade e provocando impacto ambiental.
Existem unidades de conservação a nível federal, estadual e municipal que visam à preservação desses ambientes e as principais que protegem os recifes em nosso país são:
» MELO, Rodrigo de S.; CRISPIM, Maria Cristina; DE LIMA, Eduardo RV. O turismo em ambientes recifais: em busca da transição para a sustentabilidade. Caderno Virtual de Turismo, v. 5, n. 4, 2005.
» CORREIA, Monica Dorigo; SOVIERZOSKI, Hilda Helena. Ecossistemas Marinhos: recifes, praias e manguezais. Edufal, 2005.
» PRATES, Ana Paula Leite. Recifes de Coral e Unidades de Conservação Costeiras e Marinhas no Brasil: uma análise da representatividade e eficiência na conservação da biodiversidade. 2011.