Biologia,Genética

Recombinação gênica

Chamamos de recombinação genética a troca aleatória de material genético durante a meiose, ou seja, a troca de genes que acontece entre duas moléculas de ácido nucléico formando novas combinações de genes em um cromossomo. Esse processo é o responsável pela mistura entre os genes diferentes dos seres vivos, tornando possível a evolução.

A recombinação, assim como a mutação, agem em conjunto para a evolução das espécies. Enquanto a recombinação mistura as partes modificadas de DNA de dois organismos, a mutação é a responsável por essa modificação no DNA.

Como acontece?

Quando temos dois cromossomos que se rompem e se unem novamente, acontece uma troca dos genes transportados por esses cromossomos, o que chamamos, na genética, de crossing over, processo da primeira divisão meiótica, mais precisamente no paquíteno. Esse processo nada mais é do que o sub cruzamento das cromátides homólogas não irmãs que encontram-se lado a lado. Com isso, os cromossomos se recombinam, carregando, a partir de então, uma parte dos genes do outro.

Esse processo leva à formação de células-filhas que possuem uma constituição diferente da célula-mãe.

Nessa recombinação, os cromossomos homólogos se cruzam, podendo unir-se em determinados pontos denominados quiasmas, fazendo com que seja possível a ocorrência de intercâmbio de segmentos cromossômicos com determinados blocos de genes, sempre entre os membros homólogos dos pares.

Recombinação gênica

Foto: Reprodução

Quais as consequências?

Derivado desse processo de recombinação gênica, existem as consequências que podem ser várias. Quando em organismos assexuados, os genes são herdados juntos ou ainda ligados, uma vez que não se pode misturar, neles, genes de outros organismos durante a reprodução. Nos sexuados, por sua vez, acontece uma mistura aleatória dos cromossomos dos pais, originada pela segregação cromossômica.

Nesse processo de recombinação gênica, acontece uma troca de DNA entre cromossomos homólogos dos organismos sexuados e, esse processo de embaralhamento, permite que os alelos, mesmo que próximos, em uma cadeia de DNA segreguem de forma independente.

Isso, no entanto, acontece cerca de um evento de recombinação para cada milhão de pares de bases, quando em humanos, e por isso os genes próximos num cromossomo geralmente não são separados e, consequentemente, tendem a ser herdados juntos. Chamamos de haplótipo o conjunto de alelos que normalmente é herdado em conjunto, e essa “co-herança” pode significar que o locus está sob uma seleção considerada positiva.