A reprodução dos fungos pode ser sexuada ou assexuada. A reprodução assexuada ocorre por meio de células modificadas das hifas, capazes de produzir esporos geneticamente idênticos. Em condições ambientais favoráveis, esses esporos germinam e produzem novas hifas, em um processo chamado esporulação.
Alguns fungos multicelulares podem, ainda, reproduzir-se assexuadamente por fragmentação. Neste caso, a hifa seca se desprende, liberando células que agem como esporos e originam outras hifas. Também pode acontecer a reprodução assexuada por brotamento em fungos unicelulares, como as leveduras, onde os brotos se soltam da célula original formando novas células.
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A reprodução sexuada também acontece por intermédio de esporos, iniciando através da fusão das hifas haploides, dando origem a hifas diploides que se dividem e, por meiose, formam esporos geneticamente diversos. Muitas espécies formam durante a reprodução sexuada uma estrutura reprodutiva chamada corpo de frutificação, que corresponde ao que conhecemos popularmente por cogumelo.
Os fungos são classificados em quatro grupos principais:
Os fungos possuem extrema importância no meio ambiente, pois juntamente com as bactérias, são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, ou seja, eles promovem o retorno de compostos inorgânicos ao ambiente, para que assim, possam ser reutilizados.
Veja também: Reino Plantae [7]
Os fungos também apresentam grande contribuição econômica, sendo utilizados na alimentação direta (champignons), na fabricação de alimentos (queijos, pães), na síntese de bebidas através da fermentação alcoólica (vinho, cerveja), na produção de combustíveis para automóveis (etanol) e na fabricação de antibióticos, como a penicilina, um dos principais antibióticos usados no combate a doenças bacterianas.
Popularmente conhecido como Cogumelo do mel, o fungo Armillaria ostoyae tem sua origem microscópica e pode medir até quatro quilômetros de diâmetro. É o maior organismo vivo do planeta e encontra-se sob o solo da Floresta Nacional de Malheur, no leste do Estado norte-americano.
Atualmente, o fungo cobre uma área de aproximadamente 880 hectares, o equivalente a 1.220 campos de futebol. É um fungo parasita capaz de colonizar e matar muitas espécies de plantas, atacando diretamente suas raízes. Este fungo também é muito utilizado na gastronomia, devendo ser bem preparado e cozinhado, pois apresenta alguns efeitos tóxicos.
Veja também: Reino Monera – Características das bactérias [8]
» Canadian Journal of Botany, 1988, 66 (10): 2027-2034 https://doi.org/10.1139/b88-277
» ESPOSITO, Elisa; JL de Azevedo. “Fungos: uma introdução à biologia, bioquímica e biotecnologia.” Caxias do Sul: Educs 11 (2004).
» Messias, Claudio Luiz. “Fungos, sua utilização para controle de insetos de importância médica e agrícola.” Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 84 (1989): 57-59.
» Guimarães, Denise Oliveira, Luciano da Silva Momesso, Mônica Tallarico Pupo. “Antibióticos: importância terapêutica e perspectivas para a descoberta e desenvolvimento de novos agentes.” Química Nova 33.3 (2010): 667-679.