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Reino Protista

Pertencem a este reino os protozoários e as algas. Antigamente, estes organismos eram agrupados nos reinos Animal e Vegetal, respectivamente. Hoje em dia, sabemos que fazem parte dos protistas devido a características particulares. Os representantes deste reino são indivíduos eucariontes, unicelulares ou multicelulares, autótrofos ou heterótrofos.

São encontrados no solo ou em ambientes aquáticos, podendo ser de vida livre, parasitas ou associados a outros seres, como os corais.

Os protistas possuem um papel de grande importância ambiental, sendo responsáveis pelo controle populacional de bactérias, pela ciclagem de nutrientes e os fotossintetizantes, pela síntese de boa parte da produtividade primária global. A maioria das espécies é aeróbia, mas também há espécies anaeróbias facultativas e estritas.

Classificação das Algas

Os protistas possuem um papel de grande importância ambiental, sendo responsáveis pelo controle populacional de bactérias

As algas pardas são multicelulares e marinhas, podendo atingir grande porte de comprimento (Foto: depositphotos)

A palavra algas refere-se aos organismos autotróficos fotossintetizantes, unicelulares ou multicelulares, encontrados em ambientes úmidos, de água doce ou salgada. O grupo das algas é muito diverso e sua classificação é com base no tipo de pigmento, tipo de clorofila, se são unicelulares ou multicelulares, entre outras características.

Diatomáceas: são unicelulares e encontram-se em mares de águas frias. Suas células são cobertas por uma carapaça, com formatos e cores diversas. São importantes componentes do fitoplâncton, servindo de alimento para muitos organismos.

Algas Vermelhas: conhecidas como rodofíceas, apresentam coloração avermelhada devido à presença de um pigmento denominado ficobilina, são multicelulares, encontradas em água doce ou salgada.

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Algas Verdes: conhecidas como clorofíceas, apresentam coloração verde devido à presença de clorofila. Podem ser uni ou multicelulares, de água doce ou salgada, ou ainda viverem em troncos úmidos e associadas aos fungos, formando os líquens.

Algas Pardas: conhecidas como feofíceas, apresentam coloração marrom devido à presença de fucoxantina. São multicelulares e marinhas, podendo atingir grande porte de comprimento.

Euglenoides: são organismos flagelados, unicelulares, de água doce ou salgada. São indicadores da qualidade da água, pois são abundantes em ambientes de água poluída, com excesso de nutrientes.

Dinoflagelados: são organismos com dois flagelos, unicelulares, autótrofos ou heterótrofos. Alguns são bioluminescentes, ou seja, podem gerar luz por meio de reações químicas. Algumas espécies também possuem pigmentos avermelhados e produzem toxinas, fenômeno conhecido como maré vermelha.

Classificação dos Protozoários

Rizópodes: Também conhecidos como Sarcodíneos, são organismos que apresentam pseudópodes (extensões do citoplasma com função de locomoção e alimentação).

Ciliados: Caracterizam-se pela presença de cílios, utilizados para locomoção, deslocamento do organismo em ambientes aquáticos e na alimentação (movendo partículas de alimento até a célula).

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Flagelados: São indivíduos que possuem flagelos, estruturas filamentosas longas, utilizados na movimentação e captura de alimentos.

Foraminíferos: Os organismos deste grupo possuem uma carapaça externa com perfurações pelas quais são projetados os pseudópodes utilizados na captura de alimento, locomoção e fixação em substratos.

Esporozoários: São parasitas, unicelulares, sem estruturas de locomoção.

Curiosidades sobre os protistas 

A maioria dos protozoários são parasitas de outros organismos e causam doenças. Dentre elas podemos citar: Amebíase, Leishmaniose tegumentar, Tricominíase, Doenças de Chagas, Malária e Toxoplasmose.

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Em contrapartida, muitas algas e protozoários compõem o plâncton e têm extrema importância no meio ambiente, pois formam a base da cadeia alimentar aquática, ou seja, servem de alimento para outros organismos e no caso das algas, essenciais no processo fotossintetizante. Os protistas também são importantes na economia, pois são utilizados na alimentação (sushis feitos com alga nori seca), na indústria farmacêutica e cosmética.

Referências

» Tekere, Memory. “Diversidade de Algas e Plantas.” (2011).

» Fried, George H. Biología. McGraw-Hill Interamericana. 1990.

» Leal, Alexandre Trindade, et al. “Pythiosis.” Ciência Rural 31.4 (2001): 735-743.

Sobre o autor

Natália Duque é Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.