O urânio e o plutônio reprocessado integram a maior parte do material combustível irradiado. Cerca de 96% da reciclagem recai sobre o urânio, enquanto o plutônio está presente em 1% do total, e em grande parte é usado no combustível de óxido misto (MOX). A composição de urânio depende não só do enriquecimento inicial, mas também do momento em que o combustível foi utilizado no reator. Além do plutônio e do urânio, atualmente outros elementos estão sendo aproveitados, como os actinídeos.
Esta atividade é comum desde a década de 40, pois estes elementos são, no geral, difíceis no planeta inteiro, e esta prática evita o desperdício de valiosos recursos.
No processo, o urânio e o plutônio não utilizados nos elementos combustíveis são recuperados, evitando o desperdício e assim se fecha o ciclo do combustível, em que há um ganho de aproximadamente 25% mais energia se comparado ao urânio do processo original. Outra vantagem é que, na teoria, o reprocessamento nuclear reduz o volume de material a ser eliminado como resíduo de alto risco em cerca de um quinto. Como o nível de radioatividade no reprocessamento de resíduos é menor, isto deveria contribuir para uma forma de utilização mais segura de energia.
Inicialmente, o processo de reutilização tinha como destino o campo militar e o desenvolvimento de novas armas. O mais importante hoje é garantir que o material adquirido por meio do reprocessamento nuclear seja utilizado para fins pacíficos, como nas usinas produtoras de energia elétrica.