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Resumo do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis

O imortal Machado de Assis é sem dúvidas um marco para a história da literatura brasileira. Preocupou-se em enquadrar-se a todos os estilos literários à sua época, escrevendo grandiosas obras em quase todos os segmentos. Nasceu no Rio de Janeiro e logo conquistou espaço entre as prateleiras dos amantes da literatura. Seu estilo era boêmio e popular, foi influência direta para Olavo Bilac, Lima Barreto e Carlos Drummond de Andrade. Machado fundou a Academia Brasileira de Letras e se consagrou como um dos gênios das palavras.

Memórias Póstumas de Brás Cubas” é uma obra excepcionalmente criada como folhetim, mas logo foi publicada como livro pela Tipografia Nacional. Muitos a consideram o marco inicial do Realismo no Brasil. O livro é dotado de ironia às típicas nuances da elite privilegiada, severa constatação da escravidão e nítida presença das classes sociais.

Resumo do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis

Imagem: Reprodução

Resumo do livro

Como o título da obra revela, a narração é feita por um defunto. Suas memórias são retratadas em primeira pessoa e ele mesmo se auto-denomina defunto-autor. Brás Cubas era da elite carioca e começa dando forma ao seu enredo por meio da dedicatória. Como ele mesmo ressalva, a obra é dedicada aos vermes que então o roeram no seu túmulo. Dedica uma parte do texto ao leitor, podendo explicar seu estilo de escrever. Em seguida, em “Óbito do Autor” dá devida atenção a sua morte e revela sua causa: uma pneumonia contraída enquanto fabricava seu maior desejo, um remédio que pudesse curar a todos e dar glória. Era intitulado panaceia medicamentosa.

O livro segue contando a infância do autor que era rico, bem mimado pelos pais, podendo satisfazer todos os seus desejos. Quando dos seus dezessete anos, apaixona-se por uma prostituta. É mandando a Coimbra para estudar Direito e curar-se do amor indesejado pelos pais. Volta pela morte de sua mãe e, então, seu pai começa a encaminhá-lo a um casamento digno com Vigília, pois namorara inconsequentemente Eugênia.

Vigília prefere Lobo Neves como seu marido e Brás Cubas entra em um conflito com sua irmã por causa da herança deixada pela morte do pai. Vigília reaparece e o desejo de Brás Cubas também: tornam-se amantes, sendo que o próprio Brás paga a Dona Plácida alguns contos de réis para enterrar esse segredo e lhe arrumarem uma casa para praticar o adultério. Vigília então parte com o marido para o Norte, já que ele se tornou um presidente. Aos poucos o protagonista vai perdendo os amigos para a morte: sua outra noiva Nhá-Loló morre de febre amarela, vai-se Quincas Borbas, Dona Plácida e tantos outros. Brás Cubas decide então inventar um remédio que curasse todos os males da humanidade. Porém, drasticamente, morre de uma pneumonia. Brás Cubas não conseguiu nada que almejava e por isso seu enredo final é cheio de suas frustrações.

O contexto de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”

Mesmo sendo um defunto, como ele mesmo dizia, não cabe aos leitores dar opinião alguma sobre a forma de como o narrador segue sua história. Sua vida, agora, depende somente de como ele a enxerga e nada mais.

O enredo é dotado de ironia e sarcasmo, pois o próprio protagonista morre tentando curar o mundo. Além disso, a rica e luxuosa elite é exaltada como uma classe cheia de privilégios. É também um fato na obra os desejos carnais e os pecados do homem: o amor pela prostituta, o adultério e a forma de como burla uma senhora para aplacar tal ato.