Em 1884, o engenheiro alemão Paul Nipkow inventou o disco explorador para análise de imagens. Uma unidade giratória com perfurações em espiral que, ao girar entre uma fonte de luz e um objeto, decompunha a imagem em tantos raios luminosos quanto o número de perfurações. E mesmo mecânico utiliza dois princípios básicos da televisão, isto é, a análise da imagem e a persistência da visão humana, que por sua vez, tem a capacidade dede recompor imagens estáticas e transmiti-las ao cérebro como imagem em movimento.
Através do disco de Nipkow, John Logie Baird conseguiu desenvolver um aparelho mecânico rudimentar em 1924, esse instrumento conseguiu transmitir, a mais de três metros de distância, a silhueta de uma Cruz Malta. De forma bem artesanal, sua “televisão” foi construída com uma caixa de chá, lâmpada, lata de bolacha, papelão e as lentes eram as mais baratas do mercado.
Em 1925, Baird avançou em seus experimentos e conseguiu transmitir um rosto humano reconhecível. E só em 1926 as imagens em movimento se tornaram possíveis. Desta forma, apresentou seu invento para a Royal Institution de Londres e se tornou um inventor famoso, além de ser considerado o primeiro cientista da história que conseguiu transmitir objetos em movimentos pela televisão.
O inventor fundou em 1927 a Baird Television Development Company. Essa empresa foi responsável por diversas difusões e inovações no campo televisivo. Realizou uma transmissão de Londres a Glasgow e assim mostrou aparelho de televisão a cores. No ano seguinte, transmitiu de Londres para Nova Iorque.
Em 1929, com a colaboração da BBC – British Broadcasting Corporation – de Londres, Baird realizou a primeira transmissão pública de televisão. Pouco tempo depois, foi televisionada a primeira peça de teatro e mais adiante começaram as apresentações ao vivo. O sistema desenvolvido pelo cientista foi ultrapassado pelo uso do tubo de raios catódicos, patenteado por Vladimir Zworykin.