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Revolução Industrial no Brasil

É sabido por todos que o Brasil é um país em desenvolvimento, considerado em muitos aspectos atrasado quando comparado aos demais países. A História mostra que, de fato, o Brasil está tecnologicamente, economicamente e industrialmente, quase um século atrasado.

Para que se possa compreender de forma clara, países como Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Japão, entre outros, aderiram ao processo de industrialização em torno do século XVIII, durante a Revolução Industrial. Neste período o Brasil era ainda uma colônia de Portugal, debaixo do Pacto Colonial imposto pelos descobridores, o qual impedia a abertura de indústrias no país. Assim, os brasileiros – então colonos – poderiam apenas adquirir por compra os produtos manufaturados que Portugal disponibilizava.

Revolução Industrial no Brasil

Foto: Reprodução

Início da revolução brasileira

Apenas no fim do século XIX e início do século XX – como comentado, praticamente um século depois – o Brasil começou a aderir à Revolução Industrial e sua forma de produção. Os cafeicultores de São Paulo haviam investido grandes quantias financeiras em seus negócios, mas com a crise do café precisaram de uma segunda opção para investir, e assim foram os precursores do investimento no setor industrial do Brasil.

Foram criadas então indústrias de pequeno e médio porte, cujas atividades principais comumente eram as de processamento alimentício e produção de tecidos. São Paulo era o grande polo industrial do país, que havia se espalhado principalmente pela região Sudeste.

Incentivo nacional

Já no governo Vargas, em meados de 1940, o Estado passou a patrocinar um grande incentivo para que se fossem criadas empresas estatais brasileiras. Elas precisavam de investimento grandioso, pois atuavam em setores pesados. Entre algumas das muitas empresas que tiveram início neste momento, podemos citar:

  • Companhia Vale do Rio Doce – atuante no campo de mineração, foi criada em 1942;
  • Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – atuante na área de siderurgia, foi criada em 1940;
  • Fábrica Nacional de Álcalis – atuante no setor químico, foi criada em 1943;
  • Fábrica Nacional de Motores – atuante na área de mecânica pesada, foi criada em 1943.

Consequências positivas e negativas

A Revolução Industrial trouxe diversos benefícios para o Brasil, e em muito acelerou seu desenvolvimento. Podemos citar entre suas maiores benfeitorias, a queda de dependência brasileira de produtos manufaturados importados; a criação de milhares de empregos para trabalhadores nas indústrias; a diminuição de custos e aumento de produção, tornando os produtos mais baratos; o crescimento e progresso de infraestruturas e transportes; e a criação de sindicatos que lutariam por salários mais adequados, direitos e condições de trabalho dignas para os trabalhadores.

Como tudo tem seu lado bom e o ruim, os contras da Revolução Industrial no Brasil foram o uso de mão de obra infantil em seu início – o que felizmente foi erradicado após algum tempo; o aumento da chegada de imigrantes para as capitais em busca de emprego e, por sua vez, o crescimento descomunal dos centros urbanos; e a crescente poluição do ar e dos rios, nos quais muitas indústrias desovavam seus lixos e produtos químicos.