A população iraniana descontente tomou as ruas em 1978 e derrubou o regime do xá Mohamed Reza Pahlevi. Com o desenrolar da agitação, o xá fugiu para o exterior em janeiro de 1979. Ainda em janeiro do mesmo ano, o líder religioso aiatolá Ruhollah Khomeini voltou do exílio, assumiu a liderança da revolução e declarou o Irã um Estado Islâmico – a República Islâmica do Irã-, regido pela sharia (lei corânica) e caracterizando uma das únicas revoluções conservadoras do mundo.
Com a criação do Estado Islâmico, o consumo de álcool foi proibido, os filmes ocidentais foram banidos e as mulheres foram obrigadas a cobrir o rosto em público. Esse retorno aos costumes originais e a busca da fidelidade aos textos sagrados ficou conhecido como fundamentalismo islâmico.
As medidas adotadas fortaleceram-se no Irã e buscavam expandir-se para outros países do Oriente Médio, o que gerou reações tanto de países da região quanto de superpotências.
Em 1979, os rebeldes invadiram a embaixada americana e fizeram os seus funcionários de reféns durante quase um ano. Este fato desencadeou uma intensa crise diplomática entre o Irã e os Estados Unidos da América.
Quando a revolução já estava bem consolidada, no ano de 1980, o ditador iraquiano Saddam Hussein, encorajado pelos norte-americanos, invadiu o território iraniano. Estes acontecimentos deram início à Guerra Irã-Iraque, um dos piores conflitos do século XX, que durou até o ano de 1988 e deixou cerca de 1 milhão de mortos.