Uma pesquisa liderada por Len Pennacchio e Axel Visel, do Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, simulou as mudanças sequenciais de DNA em cobras de cinco tipos diferentes. A intenção do experimento era mostrar como um componente sequencial que forma a Zona de Atividade Polarizada poderia ser reativado.
Os pesquisadores puderam apurar que a sequência de ZRS, responsável pelo desenvolvimento de membros no corpo, das cobras é diferente das de outros animais. De acordo com o estudo, publicado na revista científica Cell, essa sequência de ZRS foi percebida em quase todas as espécies de cobras.
Os cientistas afirmam que as cobras perderam essa função dos membros com o decorrer do tempo, devido a alterações no DNA e RNA.
Outra pesquisa, realizada por Francisca Leal e Martin Cohn, do Instituto Médico Howard Hughes, aponta que a mudança genética das cobras pode ter ocorrido durante o período do Cretáceo Superior, entre 66 e 100 milhões de anos atrás.
Os pesquisadores analisaram a perda e o reaparecimento de pernas em cobras tipo píton, e concluíram que as características que mantinham os membros não foram totalmente perdidas durante o processo de evolução, sendo resultante das patas embrionárias. De acordo com os cientistas, o genoma necessário para desenvolver membros nesses répteis tem sido altamente conservado.