A pororoca pode ser prevista com duas horas, em média, de antecedência, pois a força da água provoca um barulho bastante forte e inconfundível, mas alguns momentos antes de sua chegada, o barulho cessa e fica o silêncio. Esse é o sinal de alerta: procure um local seguro, pois a força das águas está chegando.
Existem, na verdade, várias explicações para a pororoca, mas a principal delas refere-se à mudança das fases da lua. Nos equinócios, principalmente, quando acontece um aumento da propensão da massa líquida dos oceanos.
A pororoca acontece somente nas regiões em que acontecem grandes marés, como a foz dos rios Sena, na França – onde o fenômeno é chamado de mascaret – e Ganges, na Índia – onde o fenômeno é chamado de bore -, além de ser bastante intensa no litoral norte do Brasil.
Essa região brasileira é bastante propícia ao fenômeno porque recebe as águas do Rio Amazonas, que lança a cada minuto 12 bilhões de litros no Atlântico e, também, por ter as maiores marés do país, sendo que o nível do mar sobe até sete metros.
Ainda nessa região, tem a influência dos fortes ventos alísios que sopram e fazem com que a maré entre de frente no estuário dos rios. As mais violentas pororocas acontecem durante os períodos de lua nova ou lua cheia, sempre em março e abril, pois é a época de cheia no Amazonas, e também é o período em que a influência gravitacional do Sol e da Lua sobre as marés atinge o ponto máximo.
Existe a organização de competições de surf nas pororocas. O Guinness Book brasileiro está marcado com um recorde batido em 2001 por Marcelo Bibita, um cearense que ficou 19 minutos e 14 segundos surfando sem parar na onda do rio Araguari durante uma pororoca.