História,Idade Média

Saladino

Saladino foi um árabe cujo nome, na realidade, era Salah al-Din Yusuf ibn Ayub. Ele nasceu em Tikrit, no Iraque, no ano de 1137, sendo o terceiro filho homem.

Saladino cresceu rodeado por histórias das cruzadas, em que cristãos e muçulmanos entravam constantemente em conflitos disputando a Terra Santa e em que muitas pessoas perderam suas vidas em batalhas violentas que foram passadas de geração em geração, apenas alimentando o ódio entre as religiões.

Apesar de ser o terceiro filho, devido ao falecimento de seu irmão mais velho e o desagrado que seu pai tinha quanto ao irmão do meio, Saladino tornou-se o líder da família.

Contexto

No período em que Saladino era adulto, o Oriente Médio encarava uma disputa interna, uma Guerra Civil causada por uma divisão em facções sunitas e xiitas da religião islâmica. Diante deste cenário, seu tio Xir-kuh, chefe do exército sunita, levou o sobrinho para invadir o Egito e batalhar em combate aos xiitas. Nessa luta, após quatro anos, conquistou o Cairo, tornando-se rei do Egito. Ele, no entanto, morreu alguns meses depois e isso colocou Saladino como o herdeiro mais apropriado ao cargo, pois além de ter parentesco, possuía um perfil de liderança. Foi então nomeado sultão e, com uma idade em torno de 30 anos, tomou o controle da Síria.

Saladino

Foto: Reprodução

Feitos

Como líder, Saladino achou que deveria ocupar lugares estratégicos de forma a defender-se das cruzadas que viriam e, portanto, passou a conquistar algumas cidades, tomando, algum tempo depois, toda a Alta Mesopotâmia.

Apesar de ter conquistado muitos territórios, historiadores afirmam que ele sempre foi diplomático, tentando alcançar um acordo com seus inimigos, atacando somente quando não tinha outros meios de chegar aos seus objetivos. Com isso, além de evitar guerras, ele conseguiu minimizar os conflitos e dominar diversas capitais que, em conjunto, somavam mais de 2 milhões de habitantes comandados por ele.

Alguns cristãos e judeus, inclusive, se converteram ao islamismo lutando ao lado de Saladino, pois gostavam de sua sinceridade e humildade com o povo. Muito popular, passou a conquistar mais terras quando, em 1187, com o apoio de seus soldados, decidiu conquistar Jerusalém. Mais precisamente em 4 de julho desse ano, posicionou-se estrategicamente e ficou à espera dos soldados franj: esperou em frente ao lago, impedindo qualquer um de chegar à ele. Os soldados lutaram sedentos e cansados, e foram detonados por Saladino e seu exército. Foi assim que venceu o exército do Rei Guy de Lusignan que era quem comandava Jerusalém e fez em torno de 700 prisioneiros, condenando todos, menos Lusignan, à morte.

O fim da vida

Saladino faleceu no dia 4 de março de 1193, mas não deixou nem nesse momento, de ser um herói para seu povo. Parte de seu dinheiro foi doado ao povo e à cidade. Considerado um herói, Saladino foi reconhecido e lembrado por seu povo pela sua generosidade e humildade não apenas para com os aliados, mas também diante dos inimigos.