Antes de adotar a bandeira que utiliza atualmente, a Ucrânia teve uma outra bandeira que estava ligada ao contexto da existência da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a Bandeira da República Socialista Soviética da Ucrânia, utilizada entre os anos de 1917-1991.
A referida bandeira era de formato retangular, com duas cores de faixas, uma mais larga na parte superior em cor vermelha e uma mais estreita na parte inferior na cor azul. Na parte vermelha da bandeira, na porção mais esquerda da bandeira, estava o símbolo oficial da URSS, a foice e o martelo em amarelo.
Este símbolo representa o ideal da Revolução Russa de 1918, quando se concebia que a união das forças entre os camponeses e os operários poderia transformar o mundo. Com a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas essa bandeira caiu em desuso.
Veja também: A Ucrânia e a geopolítica da Rússia. Como esse assunto pode cair no Enem [1]
A bandeira atual da Ucrânia foi adotada no ano de 1992, com a separação do país em relação a URSS. Essa bandeira possui uma composição bem simples, embora seu significado seja histórico e político. As cores da bandeira são o azul e o amarelo, as quais são dispostas em duas faixas horizontais de igual proporção.
O azul está na parte superior da bandeira, o amarelo na parte inferior. A disposição em sentido horizontal possui um significado para os ucranianos, já que rompe com a tradicional divisão do território entre Leste e Oeste, o que seria viabilizado pela disposição das faixas em sentido vertical.
Em relação as cores, acredita-se que haja uma referência aos campos das estepes na cor amarela, as quais ficam cobertas pelo trigo. Já o azul seria uma referência aos céus ucranianos.
Essa interpretação das cores não é a única aceita, já que elas são também atribuídas a Dinastia Rurikovitch, a qual governou os atuais territórios da Rússia e da Ucrânia durante cerca de sete séculos (862 e 1610) quando os Romanos ascenderam ao poder do Império Russo. Essa dinastia usava essas cores, juntamente com outros simbolismos, como a águia bicéfala (duas cabeças).
A Ucrânia tem ainda um brasão de armas, o qual preserva as mesmas cores da bandeira, amarelo e azul, com um tridente representado.
A Ucrânia ficou especialmente conhecida após um acidente nuclear que ocorreu em seu território no dia 26 de abril de 1986. Na ocasião, o reator nuclear número 4 da Usina de Chernobyl explodiu durante a madrugada. Com isso, as nuvens tóxicas, com elementos radioativos, atingiram especialmente os territórios da Ucrânia e seus vizinhos Bielorrússia e Rússia.
Milhares de pessoas morreram por conta do acontecimento, e outras tantas continuaram (e continuam) sofrendo anos depois pelos efeitos secundários da radiação, especialmente pelos elevados índices de câncer ocasionados.
Com o passar dos dias, os efeitos da radioatividade foram estendidos também para porções dos territórios da Escandinávia, Grécia, centro e leste europeu, sul da Alemanha, Suíça e norte da França e Grã-Bretanha.
O evento em Chernobyl deixou profundas marcas da Ucrânia, especialmente na cidade em que estava localizada a usina, a qual teve que ser evacuada, transformando-se em uma espécie de cidade fantasma. Esse acontecimento mostra para a humanidade os riscos de um evento nuclear, bem como os danos a curto, médio e longo prazo com a exposição a radioatividade.
Veja também: Acidente nuclear de Chernobyl [2]
Serviu como alerta para que os governantes olhassem com maior cuidado para o uso de elementos nucleares, tendo já em outros momentos sofrido os danos destes, como no caso das bombas de Hiroshima e Nagasaki, no Japão na Segunda Guerra Mundial.
Apesar disso, o uso de energia nuclear continua sendo comum no mundo, e por vezes é tornado como elemento de ameaça de uma grande potência em relação a outra. Isso representa um risco enorme aos seres humanos. A Ucrânia vive hoje mais um intenso momento em sua história, com uma crise em relação a Rússia, a qual vem se estendendo desde o ano de 2013.
Para conhecer mais sobre a Ucrânia e Chernobyl, acesse esse link [3].
A Ucrânia é um país que está localizado na porção Oriental da Europa, suas fronteiras se estabelecem com a Rússia ao Leste e Nordeste, com a Bielorrússia a Noroeste, com a Polônia, com a Eslováquia e com a Hungria em sua porção Oeste, com a Romênia e com a Moldávia ao Sudoeste, bem como com o Mar Negro ao Sul e com o Mar de Azov ao Sudeste.
A Ucrânia tem um território de 603.628 km², cujo território é formado por planícies e estepes, com elevada fertilidade, o que favorece as atividades agrícolas, bem como por planaltos, os quais são atravessados pelos importantes rios da região, escoando para o Mar Negro e para o Mar Azov.
Dentre os países totalmente europeus, a Ucrânia é o maior, já que a Rússia é um país transcontinental, asiático e europeu. Por conta das condições do relevo ucraniano, com áreas planas e férteis para o cultivo, a Ucrânia é considerada como um verdadeiro celeiro para a Europa.
Veja também: Quantos países fazem parte da Europa? [4]
A população da Ucrânia estava estimada em 45 milhões no ano de 2016, sendo que esta vem apresentando um decréscimo desde a década de 1990.
O país enfrenta uma onda de baixa natalidade e de imigração, o que faz com que sua população venha regredindo nos últimos anos, levantando questionamentos e hipóteses sobre o futuro do país, já que envelhecimento da população é evidente. Isso ocorre em vários outros países desenvolvidos, onde a preocupação é sobre quem constituirá a População Economicamente Ativa (PEA) naquele território nas próximas décadas.
Em relação a religião da Ucrânia, predomina o Cristianismo, com evidência para as igrejas ortodoxas cristãs, seguido da Igreja Greco-Católica Ucraniana. Já em relação ao idioma oficial do país, esse é constituído pela Língua ucraniana.
» UCRÂNIA. Disponível em: http://arturbruno.com.br/images/conteudo/file/UCRANIA2014.pdf. Acesso em 14 de maio de 2018.
» VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.
» VÍTIMAS DE Chernobyl. Greenpeace Brasil. Disponível em: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/vtimas-de-chernobyl/blog/33819/. Acesso em 14 de maio de 2018.