2- Adrenocorticotrópico: atua sobre o córtex das glândulas suprarrenais (adrenais);
3- Gonadotrópico: atua sobre as gônadas masculinas (testículos) e femininas (ovários).
Existem órgãos que sintetizam hormônios, atuando secundariamente como órgãos endócrinos. É o caso do coração, estômago, intestino delgado e rins. O hipotálamo, região do encéfalo, também produz hormônios.
Existem estruturas, como glândulas e órgãos, que produzem os hormônios do sistema endócrino. A seguir, um resumo das principais estruturas produtoras de hormônios, onde e como esses atuam.
1- Hipófise (glândula pituitária): localizada na base do crânio, tem o tamanho aproximado de uma ervilha e liga-se ao hipotálamo por um pedúnculo. Apresenta dois lobos bem desenvolvidos: o anterior, adenoipófise e o posterior, neuroipófise. Somente a adenoipófise produz hormônios. Hormônios produzidos: adrenocorticotrópico (ACTH), tireoideotrópico (TSH), folículo estimulante (FSH), luteinizante (LH), hormônio do crescimento (GSH) e prolactina. Funções: ACTH = age sobre as suprarrenais no controle do balanço hídrico do corpo; TSH = age sobre a glândula tireóidea, aumentando a taxa do metabolismo; FSH = no homem, contribui para a espermatogênese em presença de testosterona. Na mulher, estimula os folículos ovarianos; LH = age sobre as gônadas, estimulando seu desenvolvimento. Estimula a produção de andrógenos (hormônios sexuais masculinos), principalmente a testosterona; GSH = estimula o crescimento. Seu excesso durante a puberdade determinada o gigantismo e sua falta provoca o nanismo. Nos adultos, o excesso desse hormônio pode causar crescimento anormal em algumas regiões do corpo, como a mandíbula, as mãos e os pés, anomalia denominada acromegalia; Prolactina = estimula a secreção de leite nos mamíferos.
2- Hipotálamo: região do encéfalo onde há produção de hormônios que ficam armazenados na neuroipófise ou atuam sobre a adenoipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Estes são chamados, genericamente, de hormônios de liberação. Hormônios produzidos: ocitocina e hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina. Funções: ocitocina = armazenado na neuroipófise, estimula as contrações uterinas; ADH = armazenado na neuroipófise, estimula a reabsorção de água pelos dutos coletores dos rins, deixando a urina mais concentrada. A carência desse hormônio causa a doença diabetes insípido, na qual a pessoa apresenta grande aumento do fluxo urinário, provocando muita sede, geralmente acompanhada de grande apetite e perda da força muscular.
3- Glândula tireóidea: localizada na porção anterior do pescoço, tem seu funcionamento estimulado pelo hormônio tireoideotrópico produzido pela hipófise. Hormônios produzidos: tiroxina (T4), triiodotironina (T3) e calcitonina. Hormônios produzidos: T4 e T3 = atuam sobre o metabolismo. Quando em excesso, causam hipertireoidismo (nervosismo excessivo, aumento do ritmo cardíaco e perda de peso). Quando insuficientes, causam o hipotireoidismo (pele seca, cansaço excessivo e intolerância ao frio) e bócio, que vem sendo evitado com a adição de iodo ao sal de cozinha. Na infância, pode causar o cretinismo, caracterizado por deficiência mental e nanismo; Calcitonina = diminui o teor de cálcio no sangue quando esse íon está em excesso.
Veja também: Hormônios [2]
4- Glândulas paratireóideas: dois pares de pequenas estruturas localizadas na face posterior da glândula tireóidea. Hormônio produzido: paratormônio (hormônio paratireoideano). Funções: aumenta o teor de cálcio no sangue, quando esse íon está em baixa concentração. Seu mecanismo de ação é antagônico ao da calcitonina.
5- Suprarrenais (adrenais): duas, uma sobre cada um dos rins. Formadas por duas regiões distintas: a cortical (periférica) e a medular (central). Hormônios produzidos: Glicocorticoides, mineralocorticoides (o principal é a aldosterona) – no córtex e hormônios sexuais masculinos (andrógenos), adrenalina (epinefrina) – na medula. Funções: glicocorticóides = relacionados com o metabolismo de glicose, atuam também como anti-inflamatórios; mineralocorticoides = atuam no controle dos níveis dos íons sódio e potássio no sangue, interferindo na retenção ou na perda de água pelo organismo; andrógenos = atuam sobre os caracteres sexuais secundários masculinos. O excesso desses hormônios em mulheres pode provocar o aparecimento de barba e de outras características masculinas secundárias; epinefrina = determina vasoconstrição periférica, taquicardia, rápido aumento da taxa metabólica, aumento do estado de alerta e diminuição das atividades digestivas e renais.
6- Pâncreas: glândula mista. A região endócrina compreende as ilhas pancreáticas (ilhotas de Langerhans). Hormônios produzidos: insulina e glucagon. Funções: Insulina = reduz a concentração de glicose no sangue. Sua carência provoca aumento na taxa de açúcar no sangue, o que é característico da diabetes melito tipo I. Na diabetes melito topo II ou do adulto não há falta de insulina, mas seu aproveitamento é comprometido; Glucagon = aumenta o nível de glicose no sangue.
7- Glândula pineal (epífise): pequena glândula situada na base do cérebro. Hormônio produzido: melatonina = interfere nos sistemas imunitário, hormonal e nervoso e na regulação do sono.
8- Timo: órgão linfoide particularmente importante para a defesa imunitária da criança. No adulto é vestigial. Hormônios produzidos: timosina e timopoietina. Funções: ambos regulam atuando na maturação dos linfócitos T.
9- Testículos: gônadas masculinas. Hormônio produzido: testosterona. Funções: na puberdade, regula o aparecimento dos caracteres sexuais secundários e estimula a espermatogênese. Mantém o metabolismo promovendo a síntese de proteínas no sistema muscular, aumentando a musculatura.
10- Ovários: gônadas femininas. A interação dos hormônios gonadotrópicos com os produzidos pelo ovário determina uma série de alterações no sistema genital feminino, dando origem ao ciclo menstrual. Hormônios produzidos: estrógeno (hormônio sexual feminino), progesterona (hormônio sexual feminino) e gonadotropina coriônica (HCG). Funções: estrógeno = na puberdade, é responsável pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários. No ciclo menstrual, estimula o crescimento da parede do útero (endométrio), que se prepara para o eventual recebimento do embrião; Progesterona = mantém o endométrio desenvolvido. O baixo nível de progesterona elimina o estímulo que mantinha o endométrio desenvolvido, o qual fica na iminência de uma descamação (menstruação); HCG = estimula a produção de progesterona, que mantém a gravidez. O HCG começa a ser formado logo no início da formação da placenta.
Veja também: Aparelho reprodutor feminino e masculino [3]