Frente à essa realidade, é importante saber que uma criança superdotada precisa das condições adequadas para se desenvolver, do contrário, suas habilidades podem ser desperdiçadas.
E se engana quem pensa que a superdotação está relacionada somente ao conhecimento empírico ou técnico. Existem diferentes tipos de dotação que envolvem as áreas não só cognitiva, como socioafetiva e até psicomotor.
A superdotação pode ser notada principalmente na fase pré-escolar. De acordo com a cartilha do MEC, as características mais relevantes das pessoas superdotadas são: alto grau de curiosidade, boa memória, atenção concentrada, persistência, independência e autonomia, interesse por áreas e tópicos diversos e aprendizagem rápida.
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Além disso, as crianças com superdotação também possuem: criatividade e imaginação, iniciativa, liderança, vocabulário avançado para a sua idade cronológica, riqueza de expressão verbal, habilidade para considerar pontos de vistas de outras pessoas, facilidade de interagir com crianças mais velhas ou com adultos e habilidade para lidar com ideias abstratas.
Por fim, as demais habilidades das crianças super adotadas são: habilidade para perceber discrepâncias entre ideias e pontos de vista, interesse por livros e outras fontes de conhecimento, alto nível de energia, preferência por situações novas, senso de humor e originalidade para resolver problemas.
De acordo com o neurologista Leando Teles em artigo publicado no seu site [9], a superdotação tem influência genética. “A inteligência apresenta 80% de semelhança entre gêmeos idênticos e cerca de 40-50% entre gêmeos não idênticos. Isso significa dizer que há um grande componente do código genético, mas também há 20% de questões ambientais envolvidas”.
O especialista também alerta que genético nem sempre quer dizer herdado dos pais, mas sim de mutações genéticas aleatórias e independentes. E lembra que: “a inteligência é fruto do nosso código genético e de fatores ambientais, como a nutrição, ocorrência de exposições nocivas na fase de desenvolvimento, etc”.
Os pais e professores devem saber lidar com as crianças superdotadas a fim de não prejudicarem o desenvolvimento intelectual e social delas. Para isso, é preciso levar em consideração os seus interesses e implantar atividades que estimulem as suas habilidades.
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Em ambiente escolar é preciso adaptar o currículo para evitar redundâncias ou informações desnecessárias, pois o aluno superdotado certamente já terá domínio sobre os assuntos mais básicos.
Por isso, a superdotação é encarada por alguns profissionais como uma deficiência, pois é preciso moldar o ambiente para encarar os desafios de aprendizagem de uma criança com esse perfil.
Os gestores de educação precisam se dedicar ao estímulo e os pais também têm que saber lidar com as questões relacionadas à superdotação. Em casos específicos, é importante descobrir qual é o nível de conhecimento das crianças sobre cada assunto, a fim de evitar repetições.
Um bom modo de lidar com crianças superdotadas é apresentar a elas situações que provoquem o emprego de várias habilidades, dessa forma, você estará a ajudando a estimular a criatividade e a resolução de problemas.
Outro fator relevante é que a criança superdotada possa fazer as suas escolhas, sempre acompanhada de perto pelos responsáveis e, desde cedo, sejam apresentadas às suas condições cognitivas.
Essa descoberta é importante para que a própria criança superdotada se interesse pela sua condição especial e faça as melhores escolhas relacionadas às suas habilidades. Outro fator crucial é que ela receba estímulos e elogios a cerca das suas características, mas evite rotulá-lo como superdotado.
Essa condição deve ser encarada como natural, para que não atrapalhe a vida social da criança e nem crie situações desestimulantes.
Além do ambiente escolar tradicional, as crianças com superdotação precisam receber estímulos extras. Por isso, a participação dos pais e das pessoas que vivem próximas é determinante.
Atividades extracurriculares serão bem-vindas, mas lembre-se de não sobrecarregar a agenda da criança. Se ela já demostra dotação na música, procure incluí-la em aulas particulares, assim como nas demais áreas, como esporte, ciência, comunicação, dança etc.
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O site do neurologista Leandro Teles trata sobre o tema. Ele traz alguns mitos relacionados ao assunto e alguns deles trazemos agora. Veja.
Porcentagem de pessoas superdotadas: ela chega a ser 5% de toda a população mundial. Ou seja, não são poucas as pessoas que possuem características superdotadas;
Perfil das pessoas superdotadas: não há um perfil definido para quem tem essa habilidade. Ela contempla pessoas de todas as idades, sexos, raças ou perfil socioeconômico;
Notas do superdotado: nem sempre quem tem Q.I. alto é superdotado. Por exemplo, pessoas que são superdotadas na área na música, nem sempre tiram notas boas em matemática. Assim como grandes esportistas, nem sempre se dão bem nos testes padrões;
Superdotado não é gênio: embora as duas características possam se sobressair, nem sempre são relacionadas. Um gênio é aquela pessoa que deu uma generosa contribuição para a sociedade. Já um superdotado é destaque nas suas habilidades;
Uma pessoa superdotada é sempre comportada: o neurologista Leandro Teles também desmistifica essa crença. Superdotação não tem nada a ver com comportamento quieto, calado. Muitas vezes eles são extremamente barulhentos e agitados;
Superdotado tem um futuro garantido: se a criança for bem estimulada, certamente ela será bem produtiva na vida profissional. Porém, isso não é automático. Ela tem que receber a atenção correta para saber direcionar as suas habilidades.
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Fase para identificar uma criança superdotada: essa descoberta ocorre logo nos primeiros anos de vida. As fases pré-escolar são fundamentais para isso e os parentes, responsáveis e escola devem estar preparados para lidar com a superdotação.