Biologia,Seres vivos

Tanatose

A tanatose é o termo usado para designar um comportamento de defesa de algumas espécies. A estratégia antipredatória consiste em fingir-se de morto para escapar do ataque do predador. As espécies que praticam essa defesa, ao perceberem perigo, cessam temporariamente seus movimentos por meio do sistema nervoso central, ficando totalmente paralisados.

Tanatose

Foto: Reprodução

Como e por que acontece?

Mas será que isso realmente funciona? A técnica funciona, pois normalmente os predadores presentes na natureza tomam cuidados ao escolher suas presas. Em sua maioria, preferem presas em movimento, descartando presas mortas. A posição da presa, supostamente morta, pode indicar impalatabilidade e impossibilitar a digestão. Como exemplo, podemos citar as aranhas, que somente se alimentam de insetos que estejam vivos.

A técnica teatral de simulação de morte envolve desde movimentos errantes até a posição de costas para o cão com os membros encolhidos, típica de uma real situação post-mortem. As espécies adeptas da tanatose ficam assim, paralisadas, por muitos minutos. Existem ainda casos de espécies que utilizam essa técnica no período de acasalamento para atrair as fêmeas – como as aranhas-lobo, por exemplo -. Outra razão, é fingir-se de morto após o acasalamento quando se tratam de fêmeas de praticam o canibalismo, tendo dessa forma mais chances de escapar com vida. O tempo de duração da tanatose pode variar de 30 segundos, como no caso do sapo cururu, até 30 minutos, como no caso da aranha Hoplobunus mexicanus.

Espécies praticantes

Como exemplo, podemos citar os anfíbios anuros, gambá, cuíca graciosa, opossum americano, besouros e artrópodes de várias ordens, como opilão e algumas aranhas. Entre as espécies brasileiras, podemos apresentar alguns exemplos como o carangueijo Trichodactylus panoplus, o lagarto Liolaemus occipitalis e o sapo Physalaemus kroyeri.

Com isso, notamos que existem espécies que são adeptas da tanatose tanto entre os mamíferos como entre os anfíbios, répteis e artrópodes. No entanto, nos artrópodes está o menor número de ocorrências.