O tecido adiposo, além de modelar a superfície do corpo, ajuda no isolamento térmico do organismo (auxiliando na manutenção da temperatura do corpo) e possui a importante função de servir como uma reserva energética do corpo. Os triglicerídios acumulados nos adipócitos são utilizados para fornecer energia ao organismo nos intervalos entre as refeições. O tecido adiposo também atua como amortecedor, protegendo o organismo contra choques mecânicos.
O tecido adiposo é classificado levando-se em conta critérios como a pigmentação da gordura armazenada e a forma de organização. Cada uma das variedades apresenta diferenças na fisiologia, distribuição no corpo, estrutura e patologia.
O nome deste tipo de tecido adiposo dá-se devido ao fato de que as suas células apresentam uma gotícula de gordura predominante, que preenche quase todo o seu citoplasma. Bastante irrigado por vasos sanguíneos, este tipo de tecido também é conhecido como tecido adiposo comum ou amarelo, embora sua cor varie entre o branco e o amarelo-escuro. É o tecido que forma o panículo adiposo, uma camada de gordura disposta sob a pele, que absorve impactos e atua como isolante térmico. Nos recém-nascidos, este tipo de tecido adiposo é de espessura uniforme; nos adultos, a distribuição é regulada por hormônios, e o acúmulo se dá em determinadas posições.
Com a função principal de gerar calor, o tecido adiposo multilocular é formado por células que possuem vários vacúolos (as gotículas) de gordura e várias mitocôndrias. Os animais hibernantes, como os ursos polares, possuem grande quantidade deste tecido, já que o calor produzido manterá a temperatura do corpo durante os longos períodos de frio. Nos recém-nascidos, este tipo de tecido também é abundante e muito importante para protegê-los do frio. Apresenta cor castanha devido à abundante vascularização e ao grande número de mitocôndrias.