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Temas e questões de português que sempre caem na prova do Enem

O Enem vem se aproximando, mas isto não deve ser motivo de desespero para os estudantes do último ano do Ensino Médio. Pelo contrário!

O importante agora é ficar tranquilo e focar em revisar o conteúdo aprendido durante os três últimos anos.

Sabemos que não é tarefa fácil se lembrar de tudo o que foi aprendido no Ensino Médio, por isto, para facilitar um pouco, nós elaboramos um artigo com os temas e questões de língua portuguesa que sempre caem na prova do Enem.

Tópicos de português mais cobrados no Enem

Confira a seguir quais são os temas que mais aparecem na prova de português do Exame Nacional do Ensino Médio.

Temas e questões de português que sempre caem na prova do Enem

Foto: depositphotos

Interpretação de texto

A interpretação de texto é muito cobrada não apenas na prova de português, mas em todas as disciplinas do Enem. O candidato deve ler as questões com bastante atenção, inferir e decodificar corretamente as informações.

É bastante comum encontrarmos charges, tirinhas de jornal, letras de música, propagandas institucionais e textos literários e jornalísticos.

Modernismo

Os estudantes devem se preparar para responder questões sobre a Semana de Arte Moderna e escritores modernistas, como Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.

Figuras de Linguagem

As figuras de linguagem podem ser utilizadas como ferramenta para compreender o texto. Além disso, são recursos cobrados para analisar o estilo de uma determinada obra literária, escola ou contexto histórico, político e cultural.

Variação Linguística

Na prova de português do Enem também é comum encontrarmos questões referentes às variantes da linguagem, seja em textos literários ou partes de conversas entre pessoas.

Dentre as variações linguísticas, a mais cobrada no Exame Nacional do Ensino Médio é a geográfica.

Classes de palavras

É importante que o candidato conheça as classes de palavras (substantivos, artigos, adjetivos, conjunções, advérbios e outros), atentando-se para o fato de que seis delas podem flexionar de acordo com número, gênero, grau, pessoa, tempo, voz, modo e/ou aspecto.

Comparação entre tipos de texto

Nas últimas edições, o Exame Nacional do Ensino Médio cobrou que o estudante soubesse comparar textos verbais e textos não-verbais (charge, fotografia, escultura, pintura), estabelecendo um paralelo entre os modos de expressão textual.

Questões de português no Enem

Veja a seguir alguns exemplos de questões de português do Enem.

(Enem 2012 – Segundo Dia)

eu gostava muito de passeá… saí com as minhas colegas… brincá na porta di casa di vôlei… andá de patins… bicicleta… quando eu levava um tombo ou outro… eu era a::… a palhaça da turma… ((risos))… eu acho que foi uma das fases mais… assim… gostosas da minha vida foi… essa fase de quinze… dos meus treze aos dezessete anos…

A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental. Projeto Fala Goiana, UFG. 2010 (inédito).

 

Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é

a) predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas.
b) vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português.
c) realização do plural conforme as regras da tradição gramatical.
d) ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados.
e) presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.

Resposta correta: Alternativa “A“.

 

(Enem 2012 – Segundo Dia)

A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.

Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?

CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).

 

Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que

a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudos clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

Resposta correta: Alternativa “E”.