Biologia,Seres vivos

Tipos de reprodução sexuada e assexuada

De uma maneira geral, a reprodução pode estar dividia em dois tipos: sexuada e assexuada. A reprodução é uma das características gerais dos seres vivos. Ela é fundamental para a preservação da espécie, mas não é necessária para a sobrevivência do indivíduo.

Em nível molecular, a reprodução está relacionada à capacidade ímpar do DNA de se duplicar de forma semi conservativa, propiciando que as células resultantes tenham cópias das moléculas originais de DNA.

A reprodução consiste numa das funções do ser humano, talvez a mais importante. É responsável pela continuação da raça humana no planeta, “continuação” que leva o nome de descendentes. Mas a reprodução não é exclusividade dos seres humanos, esse fenômeno da vida ocorre em todas as espécies de seres vivos, já que a continuidade da vida é necessária.

Contudo, como nenhum ser vivo é igual – como mostra a biologia –, é comum que os tipos de reprodução os diferencie também. Alguns meios de reprodução são mais simples e até “rápidos”, já outros são mais complexos e demorados. De protozoários [1] e bactérias ao ser humano, todos se reproduzem, mas de que forma?

As duas formas de reprodução da vida

Os seres vivos apresentam vários tipos de reprodução, que podem ser agrupados em duas grandes categoriais, quando não considerados os vírus: a reprodução assexuada e a sexuada. Os vírus são casos à parte.

Gametas femininos e masculinos

O ser humano realiza o tipo de reprodução sexuada (Foto: depositphotos)

Sim, existem apenas dois tipos de reprodução dos seres vivos. Porém, existem briófitas [6], pteridófitas [7] e celenterados, que se reproduzem por um meio curioso chamado de metagênese ou alternância de gerações. Essa reprodução possui duas fases, a fase assexuada e a fase sexuada. Ou seja, essas espécies unem os dois tipos de reprodução.

Nas plantas [8], há várias formas de reprodução assexuada. Um caso bastante estudado é o da batata-inglesa. Você já deve ter notado que esse tipo de batata apresenta o que se chama popularmente de olhos. Na realidade, são gemas, estruturas formadas por células indiferenciadas capazes de intensa divisão mitótica e que podem originar uma nova planta.

Os gametas

Nos animais, os gametas masculinos são muito menores do que os femininos e na maioria dos casos, sua morfologia está relacionada com o deslocamento: apresentam formato hidrodinâmico, com uma longa cauda utilizada na propulsão. Os gametas femininos dos animais são geralmente células grandes e imóveis, que contêm reserva de nutrientes para o desenvolvimento do embrião. Esses nutrientes compõem o vitelo.

Por haver mistura de material genético, os indivíduos resultantes da fecundação não são iguais aos pais, mas sim semelhantes a eles. Além disso, não são iguais entre si, a não ser em casos de gêmeos idênticos. O modo sexuado de reprodução, apesar de mais custoso energeticamente que a reprodução assexuada, traz vantagens evolutivas e é o mais amplamente difundido entre os diferentes grupos de eucariontes.

O ambiente e a reprodução

Se o ambiente fosse completamente estável, sem sofrer alterações ao longo do tempo e do espaço, a reprodução assexuada seria muito vantajosa, pois preservaria as características dos organismos para uma dada condição ecológica. Essa, entretanto, não é a realidade. O ambiente sempre pode apresentar alterações e uma modificação desfavorável pode eliminar de uma só vez toda a população se ela for formada por indivíduos geneticamente idênticos.

Em populações em que há reprodução sexuada, esse processo não deve ocorrer, pois a variabilidade genética entre os indivíduos é maior. A alteração ambiental pode afetar parte da população, mas outra parte sobrevive graças as variações no material genético que propiciam condições de sobrevivência.

Tipos de reprodução assexuada e sexuada

Reprodução assexuada

Reprodução sexuada

Referências

» MORENO, Luis Alberto Acosta et al. “Ecologia da reprodução assexuada de Palythoa caribaeorum (Zoanthidea: Cnidaria)”. 1999.

» BEIGUELMAN, Bernardo. “A interpretação genética da variabilidade humana”. Ribeirão Preto: SBG, 2008.