Segundo o levantamento, 511 violações foram notificadas contra a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), totalizando 310 homicídios só em 2012. Neste quadro, travestis foram as maiores vítimas de ataques, somando mais de 50% dos casos.
O Brasil possui mais um caso de paradoxo em sua cultura de ódio. Ao mesmo tempo que é o país onde mais se mata trans* (transexuais, transgêneros e travestis) no mundo, os vídeos pornográficos entre transexuais são um dos mais acessados pelos brasileiros.
A pesquisa foi divulgada pelo RedTube, um dos maiores sites de pornografia do mundo. Segundo os dados, pornografia envolvendo transexuais é a quarta maior busca dos brasileiros, sendo 89% maior que a média mundial.
Polêmicas à parte, precisamos falar sobre a transfobia. A violência contra a população LGBT não se resume somente aos gays. A visibilidade trans está em situação emergencial. Esse tipo de intolerância e violência não existe apenas nos casos dos assombrosos números de morte, ela está também presente em uma sociedade que se recusa a reconhecer nome social, que insiste em chamar “o traveco” e que se excita não somente em explorar sexualmente, mas também em espancar até a morte.