Biologia,Botânica

Transpiração vegetal

Assim como as pessoas e animais, os vegetais passam pelo processo de transpiração que, para eles, é a perda de água na forma de vapor. Este, no entanto, é um dos maiores problemas enfrentados pelos vegetais. O processo envolve a entrada da água no corpo da planta, que se dá por meio de absorção na raiz, e é conduzida até as folhas pelo xilema. Quando chegam lá, passam pela transpiração e novas moléculas são absorvidas, constituindo um fluxo contínuo.

Existem, no entanto, duas maneiras de transpiração foliar. A primeira é pela cutícula da folha e a segunda pelos estômatos.

Transpiração cuticular

O primeiro tipo citado, também conhecido como transpiração cuticular, corresponde a apenas 10% da perda de água, derivada da perda de agua dos poros existentes nas cutículas. Estas são responsáveis por impermeabilizar as folhas evitando que a perda de água aconteça de forma excessiva.

Transpiração estomática

Em torno de 90% da água que é perdida por meio da transpiração se dá pela segunda forma citada desse processo: a transpiração estomática, que se dá por meio dos estômatos. Esses componentes da folha estão localizadas principalmente na epiderme inferior, e é formado por duas células clorofiladas, denominadas células guarda ou ainda células estomáticas, e o ostíolo, que é uma abertura.

As células estomáticas são, para que se possa entender melhor o seu formato, algo como dois feijões encostados de frente, com as concavidades dispostas uma de frente com a outra. Neste miolo formado entre elas, está localizado o ostíolo.

Transpiração vegetal

Foto: Reprodução

Neste processo, o controle da transpiração é feito por meio da abertura dos estômatos, mas passa por um processo em que a água chega às folhas sendo conduzida pelo xilema para, em seguida, alcançar o parênquima clorofiliano. As células estomáticas, que são clorofiladas, realizam a fotossíntese, e acabam tornando-se mais concentradas de glicose, o que as obriga a absorver a água.

A água começa a passar para outras células de forma a deixarem-nas também cheias, e suas paredes mais finas acabam se esticando e repuxando a parede mais espessa do ostíolo. Essa, por sua vez, se afasta e acaba provocando a abertura do estômato e, consequentemente a saída de vapor.

Exemplificando

Se ficou difícil de visualizar a transpiração, basta que você cubra um ramo vegetal com um saco plástico. Se você voltar, depois de algumas horas para visualizar o resultado da experiência, poderá perceber que terão se formado algumas gotículas de água condensadas no plástico. Isso representa a ocorrência da transpiração vegetal.