Com o intuito de resolver os problemas que surgiram desde a inatividade do Tratado de Tordesilhas, foi criado um novo acordo entre Portugal e Espanha para reafirmar divisões territoriais do Brasil entre os dois países, era o chamado Tratado de Madri.
Assinado em 13 de janeiro de 1750, esse tratado foi feito a partir do Mapa das Cortes, que considerava a utilização de rios e montanhas para estabelecer novos limites, e foi criado cautelosamente pelos diplomatas portugueses, com destaque para o Diplomata Alexandre Gusmão, que foi o responsável pelo princípio de uti possidetis – direito de posse. Essa ideia consistia em sugerir limites que seriam definidos através de uma investigação que apontaria quem primeiramente ocupou determinada terra. Dessa forma, Portugal sairia favorecido.
Além de dar fim aos conflitos, o tratado foi responsável por dividir o território brasileiro na forma em que ele se encontra hoje. Portugal foi obrigado a ceder a Colônia de Sacramento, mas em contrapartida ganhou os atuais estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Amazônia e Rio Grande do Sul – área que era pertencente aos sete povos das missões – além de uma extensa área localizada no alto Paraguai. A capital brasileira foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro e o rio Uruguai passou a ser fronteira entre Brasil e Argentina.