De acordo com pesquisas anteriores, a tumba estava selada desde 1555, e se transformou em uma igreja, que também passa por um processo de restauração. Segundo informações da revista “National Geographic”, a operação para remover a placa de mármore faz parte de uma força-tarefa para alcançar a superfície original de pedra onde o corpo de Jesus Cristo teria sido deixado.
A caverna original foi identificada séculos após a morte de Jesus como o seu túmulo, e muitos historiadores acreditavam que ela teria sido destruída com o passar do tempo. No entanto, de acordo com análises feitas com ajuda de radares, a estrutura, que apresenta cerca de dois metros de altura, resistiu a dois milênios e ainda está de pé.
O arqueólogo Fredrik Hiebert, da “National Geographic”, afirmou que o que foi encontrado é surpreendente. Os pesquisadores ficaram surpresos quando moveram o revestimento de mármore que cobria o túmulo, devido à quantidade de material de preenchimento que ali se encontrava. Além disso, descobriram outra placa de mármore, cinza e com a gravura de uma pequena cruz, provavelmente do século XII. A peça está rachada ao meio e apresenta uma camada esbranquiçada embaixo.
Hiebert afirma que não acredita que seja a rocha original, e que os cientistas ainda têm mais trabalho a fazer.
As restaurações estão sendo realizadas na pequena estrutura localizada no centro da Basílica do Santo Sepulcro, conhecida como Edícula da Tumba, reformada pela última vez em 1810. A análise científica será longa, mas, com ela será possível ser a superfície de pedra original onde, segundo a tradição cristã, o corpo de Jesus Cristo foi colocado.