A palavra “utopia” foi criada a partir dos termos gregos “u” (prefixo empregado com conotação negativa) e “tópos” (lugar), significando “não-lugar” ou “lugar que não existe”. O termo apareceu pela primeira vez na obra homônima do escritor inglês Thomas More, por volta de 1516. Em sua obra, More tece críticas à sociedade real em que vive e constrói uma ilha idealizada, geograficamente indefinida, onde a sociedade aboliu a propriedade privada e a intolerância religiosa, e todos vivem felizes em um ambiente justo, igualitário.
A ideia de utopia pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível no presente ou no futuro.
O termo “utopia” permanece há séculos e ainda influencia a criação de obras de ficção, filosofia e política. Confira alguns exemplos de utopias imaginadas pelo homem na literatura:
A distopia, também conhecida como antiutopia, é geralmente caracterizada por totalitarismo, autoritarismo e opressivo controle da sociedade. Em suas criações ficcionais, os autores retratam o futuro de uma maneira negativa, com um desenlace catastrófico para a humanidade, com uma sociedade oposta à utópica.
Nas distopias, o Estado normalmente é corrupto, as normas que visam ao bem comum são flexíveis e a tecnologia é utilizada como ferramenta de controle, seja dos indivíduos, do Estado ou de corporações. Na distopia, a realidade para um mundo melhor não é possível, pelo contrário: as características negativas da realidade são reforçadas.
Por reforçarem as características negativas do mundo, as obras distópicas são críticas ou sátiras, servindo como um alerta para a humanidade, partindo de um discurso pessimista.
Considera-se que o primeiro uso do termo “distopia” ocorreu em 1868, em um discurso ao Parlamento Britânico por Gregg Webber e John Stuart Mill.
Um exemplo bastante famoso de distopia é a obra “Admirável Mundo Novo” (1932), de Aldous Huxley. O romance distópico narra um hipotético futuro onde os indivíduos são pré-condicionados biologicamente e vivem em uma sociedade organizada por castas.
Outro clássico distópico é “1984”, do autor britânico George Orwell. Publicada em 1949, a obra retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo. Confira a seguir outros exemplos de distopias na literatura: