Mais tarde, foi porta-voz dos movimentos de defesa dos direitos humanos Carta 77 e Vons, um comitê para defesa dos injustamente perseguidos, em que acabou sendo preso. Foi então transformado em um símbolo da luta pelas liberdades, mas acabou passando cinco anos na cadeia. Alguns anos após sair da prisão, Václav colaborou com a fundação do Fórum Cívico (1989), grupo formado pela maior parte da oposição da Tchecoslováquia.
Ainda no mesmo ano, comandou a Revolução de Veludo, movimento que contou com o apoio popular e conseguiu derrubar o regime existente, sem produzir derramamento de sangue. A ideia de democracia surgiu e foi colocada em prática, e o próprio Havel foi eleito presidente.
O líder político, durante seu mandato, defendeu uma política europeísta e democrática. As mudanças propostas por Václav de cunho liberalizantes, somadas ao desmantelamento da economia comunista, resultaram em um enorme custo social, especialmente para a atrasada Eslováquia. Isso acabou exacerbando o nacionalismo eslovaco e provocando a ruptura do país, que também ocorreu de forma pacífica.
Em 1922, não existia mais a Tchecoslováquia, mas sim a Eslováquia e a Tcheca. Por não concordar com a separação, Havel renunciou a presidência, pois não queria compactuar com essa secessão do país em dois. Entretanto, uma vez constituída a República Tcheca, Václav foi eleito presidente pelo Parlamento, em 1993. Teve o mandato renovado em 1998 e se manteve no cargo até o final do seu segundo mandato, em 2003, apesar dos problemas de saúde. Em 2011, o mesmo faleceu.