Biografias

Vida e obra de Mário de Andrade

Nascido em 9 de outubro de 1893, Mário de Andrade cujo nome de batismo é Mário Raul de Morais Andrade, participou das artes desde cedo, estudando música, atuando como compositor, professor de piano e pesquisador das diversas manifestações artísticas. Atuou ainda como crítico de arte em jornais e revistas e, no ano de 1917 escreveu o seu primeiro romance usando um pseudônimo: Mario Sobral. O romance chamado “Há uma gota de sangue em cada poema” defendia a paz e fazia críticas à Primeira Guerra Mundial e suas consequências. Em suas pesquisas, viajou por todo o Brasil para conhecer cidades históricas, canções populares, lendas, músicas e festas religiosas.

Vida e obra de Mário de Andrade

Foto: Reprodução

Obras

Além de sua primeira obra citada anteriormente, entre os anos de 1923 e 1930, Mário de Andrade escreveu “Clã do Jabuti” e “Remate de males”, obras baseadas em suas pesquisas folclóricas. No ano de 1922 ele publicou a obra chamada “Paulicéia Desvairada” que destruía padrões literários vigentes propondo também uma nova linguagem poética – usando verso livre, neologismos e rupturas sintáticas – agradando, inclusive, aos modernistas.

Sua poesia voltou-se para a reflexão, para a análise e denúncia dos problemas nacionais a partir do ano de 1930, partindo para dois caminhos distintos. O primeiro da poesia intimista e introspectiva, onde se destaca a obra “Poesia” do ano de 1942, e o segundo da poesia política, com uma linguagem agressiva e o combate às injustiças sociais. Nesta, destacam-se as obras de 1946 chamadas “O carro da miséria” e “Lira Paulistana”.

Suas principais obras são “Há uma gota de sangue em cada poema”, “Pauliceia desvairada”, A Escrava que não é Isaura”, “Amar, verbo intransitivo”, Macunaíma”, “O baile das quatro artes”, “Lira Paulistana”, “O carro da miséria”, “O Banquete”, “Será o Benedito!”, entre outras.

Poesia moderna

Pioneiro da poesia moderna, Mário de Andrade influenciou fortemente a literatura moderna brasileira. Ele foi um dos responsáveis pela Semana de Arte Moderna no ano de 1922 com a reformulação da literatura e das artes sociais.

Junto a um grupo de escritores e artistas de São Paulo, interessou-se no modernismo europeu. Destes, alguns integraram o Grupo dos Cinco: Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Mário de Andrade.

A semana de arte moderna teve exposições de artistas e leituras literárias, além de palestras sobre a música, a arte e a literatura.

O legado de Mário de Andrade

Encontrado morto em sua residência no dia 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos, devido a um enfarte do miocárdio, Mario de Andrade teve suas ideias opostas à ditadura sempre claras, mas sem nenhuma reação oficial. Após a sua morte, no entanto, no ano de 1955, foi divulgada sua obra com o nome de “Poesias Completas”, o que o consagrou como um dos principais valores culturais no Brasil.