Os elementos mais importantes que devem constar em um mapa são:
Os elementos citados servem para auxiliar o leitor de mapas a compreensão da mensagem que o mapa, enquanto linguagem, pretende transmitir. Cabe ressaltar que estes elementos, assim como os pontos cardeais, são criações humanas para facilitar a linguagem cartográfica. Ou seja, os pontos cardeais não são algo naturalizado, mas sim uma criação dos homens com uma finalidade bem específica.
Os pontos cardeais são os indicadores de direção utilizados nos produtos cartográficos, ou seja, são eles que ajudam na orientação em relação ao espaço. Geralmente o ponto cardeal que oferece o recurso de localização é o Norte, comumente apontado para “cima” nos mapas.
Apesar desse padrão de se colocar o Norte voltado para “cima”, essa não é uma regra geral na Cartografia, de modo que justamente para isso serve a Rosa dos Ventos, sendo que o Norte pode ser colocado em qualquer direção, mesmo para baixo, deste que esteja efetivamente mostrando qual a direção Norte no terreno.
A melhor posição para visualização de um mapa é olhando-o de cima para baixo, já que as representações são feitas dessa forma, observando o espaço com uma visão vertical, já que os mapas são representações no plano de um objeto esférico.
A definição sobre os pontos cardeais surgiu a partir da própria observação do meio ambiente por parte dos homens. Todas as manhãs, observava-se que o Sol “nascia” aproximadamente no mesmo ponto no horizonte, variando um pouco em relação ao período do ano. Do mesmo modo, percebeu-se que o Sol “desaparecia” do lado oposto ao qual havia surgido pela manhã. A partir disso, foram estabelecidos dois pontos principais de referência para orientação espacial.
Tomando-se estes dois pontos, foram traçados outros dois, compondo os quatro pontos cardeais. Sendo que para uma localização mais precisa, foram ainda estabelecidos os pontos colaterais e subcolaterais, oferecendo ainda mais exatidão em relação aos pontos no espaço.
Necessária para se posicionar o mapa, a orientação é explicitada por uma seta com a indicação de uma das direções da rosa-dos-ventos, normalmente a direção do Norte. É comum ainda que ele seja colocado na parte inferior do mapa, apontando para a parte superior do mesmo. Mas isso não é uma regra, porque o indicador pode ser colocado em qualquer ponto do mapa. Comumente os mapas apresentam a Rosa dos Ventos em sua forma tradicional, mas podem apresentar simplesmente uma seta indicando o Norte.
Diante da necessidade humana de localização e orientação no espaço, foram criados pontos de referência a partir da observação da movimentação dos astros em relação à Terra, sendo eles:
Os pontos cardeais são os indicadores mais importantes e mais comumente utilizados nos recursos cartográficos, sendo que a ampla maioria dos mapas carrega apenas os quatro pontos principais, sendo os demais dedutíveis.
Foi convencionado que o ponto do “nascimento do Sol” seria definido como Leste para orientação no espaço, enquanto o ponto oposto seria denominado de Oeste. Assim, para localização espacial utiliza-se uma técnica relativamente simples, embora não muito precisa por conta das variações anuais quanto ao posicionamento do Sol em relação à Terra.
Para se localizar no espaço, aponta-se o braço direito para o ponto onde o Sol “nasce”, sendo este o Leste, então aponta-se o braço esquerdo em sentido contrário, tendo-se o Oeste.
O Sul sempre estará atrás do observador, e o Norte sempre estará a sua frente. No entanto, essa técnica serve apenas no terreno, sendo que nos mapas é necessária uma indicação para que o leitor consiga definir a orientação cartográfica. Há contradições entre os autores quanto a obrigatoriedade de indicar a direção em todos os mapas.
Ou se seria necessário apenas naqueles em que o Norte não se encontra no topo do mapa. Portanto, quando um determinado mapa não apresenta indicadores de direção, entende-se que o lado superior deste seja o Norte no espaço geográfico.
Os indicadores de direção são criações humanas, sendo que não representam fielmente a complexidade do planeta Terra. Existem algumas contradições quanto ao local preciso dos pontos cardeais, cabendo assim uma diferenciação entre o Norte magnético e o Norte verdadeiro. O norte magnético é a direção indicada pela agulha de uma bússola, admitindo que não haja fontes locais de perturbação. Normalmente essa extremidade da agulha é pintada de vermelho ou com tinta fosforescente.
O desvio pode ser positivo (Leste) ou negativo (Oeste). O norte verdadeiro, ou norte geográfico, é a direção do horizonte no ponto baixado na vertical, do polo celeste norte para a superfície terrestre. Relaciona-se com o posicionamento e orientação do observador.
» FITZ, Paulo Roberto. Cartografia Básica. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.
» FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. A cartografia no Ensino da Geografia: abordagens para o entendimento da representação. Cascavel: EDUNIOESTE, 2010.
» MENEZES, P. M. L.; FERNANDES, M. C. Roteiro de Cartografia. São Paulo: Oficina de Textos, 2013.
» VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. Vol. Único. São Paulo: Ática, 2011.