Os capilares linfáticos reúnem-se progressivamente em vasos de calibre cada vez maior, que desembocam nos ductos linfáticos. Estes levam a linfa para veias de grande calibre do distrito sanguíneo. Os vasos linfáticos apresentam válvulas que impedem o refluxo da linfa.
No trajeto dos ductos linfáticos há linfonodos (gânglios linfáticos), cuja função é filtrar a linfa, retirando bactérias e outros agentes que possam ser nocivos ao organismo.
Quando a linfa passa pelo linfonodo, os macrófagos fagocitam microrganismos patogênicos (que podem causar doenças), como as bactérias que tenham conseguido penetrar no corpo e que estejam sendo transportados pela linfa.
Isso provoca uma resposta de defesa: os linfócitos do linfonodo proliferam, muitos deles diferenciam-se em plasmócitos, que sintetizam anticorpos. Os linfonodos assim estimulados aumentam de tamanho, sendo muitas vezes palpáveis na pele, principalmente na região do pescoço. Esses nódulos são popularmente chamados ínguas.
O sistema linfático é muito importante na defesa do nosso organismo, pois ele atua em parceria com o sistema imunológico [7]. Ele também tem grande importância na absorção de ácidos graxos e no equilíbrio dos fluidos celulares.
É um sistema que atua de modo lento e com baixa pressão, ao contrário do sistema sanguíneo.
Além de vasos e linfonodos, participam desse sistema vários órgãos linfoides, como baço, timo, tonsilas (amígdalas), adenoides e medula óssea vermelha.
Linfonodos e órgãos linfoides participam dos mecanismos de defesa do corpo. As tonsilas (antigamente chamadas amígdalas) e as adenoides são órgãos que produzem linfócitos T.
O timo é um órgão muito desenvolvido nos recém-nascidos e que sofre uma involução após a puberdade. Em pessoas acima de 60 anos é bem reduzido, mas não chega a desaparecer. Suas principais células são os linfócitos T e os macrófagos. O timo também produz hormônios que estimulam outros órgãos linfáticos.
O baço é um órgão rico em macrófagos, que fagocitam microrganismos que penetram no sangue; rico em linfócitos T e B, é um órgão importante nos mecanismos de defesa. Do mesmo modo que os linfonodos “filtram” a linfa, o baço “filtra” o sangue. Atua também na degradação das hemácias.
A medula óssea vermelha é responsável pela produção de linfócitos B.
Os linfócitos podem ser agrupados em dois grandes grupos: linfócitos B e linfócitos T. Eles são responsáveis pela nossa imunidade, ou seja, a capacidade que temos de reagir a determinadas doenças, pela produção de anticorpos. Os dois principais tipos de linfócitos T são:
Algumas doenças podem afetar o sistema linfático, as principais são:
Você já deve ter ouvido falar ou até mesmo feito uma drenagem linfática. Quando o sistema linfático não tem um bom desempenho, a drenagem linfática atua auxiliando o retorno da linfa.
A drenagem é realizada através de massagens com movimentos suaves e repetitivos, estimulando e promovendo a circulação da linfa. Essa técnica ajuda bastante as pessoas que precisam eliminar esse acúmulo de líquido intercelular e o resultado é a melhora da circulação e a diminuição do inchaço.
O acúmulo de gordura entre as células, também conhecido como celulite, é uma doença associada ao sistema linfático. O tratamento é realizado através da drenagem linfática.
FERRANDEZ, Jean-Claude. “El sistema linfático“. Ed. Médica Panamericana, 2006.
DE GODOY, José Maria Pereira; GODOY, Maria de Fátima Guerreiro. “Drenagem linfática manual: novo conceito“. J Vasc Br, v. 3, p. 77-80, 2004.