Normalmente, o tubarão baleia se alimenta de algas, fitoplâncton, pequenos peixes, crustáceos, lulas, entre outros. Ele é capaz de filtrar cerca de 6.000 litros de água por hora! Estima-se que um tubarão jovem seja capaz de se alimentar de 21 quilos de fitoplâncton por dia.
A boca do tubarão baleia tem um formato achatado e fica bem grande quando é aberta. Ela é cheia de dentes pequenos, pois como trata-se de um animal não predador, seus dentes não são muito desenvolvidos. Ele os utiliza bem pouco durante a mastigação do alimento capturado através da filtração. Sua boca pode medir em média um metro e meio de largura.
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Fisicamente, é o maior dos tubarões, porém, não é ágil. Ele se desloca na massa d’ água a uma baixa velocidade, devido a seu peso e tamanho. Possui coloração cinza escuro em tons de degradê. Seu corpo é todo coberto por manchas horizontais e verticais, sendo tais desenhos importantíssimos para a identificação da espécie pelos biólogos. Eles possuem barbatanas peitorais e dorsais, além de uma nadadeira na cauda.
Eles preferem as águas quentes, por isso, quase nuca se afastam dos trópicos. Podem ser vistos na Península de Yucatán, nas ilhas de Honduras, nas Ilhas Galápagos, nas Filipinas, na Tailândia, na Austrália Ocidental, no Caribe e no Brasil. Poucas vezes foram observados nas costas de Nova York e na região da África do Sul. A maior distribuição desses animais está localizada nas Filipinas, entre os meses de janeiro a maio. Os pesquisadores afirmam que são animais com hábitos migratórios na busca de alimento e durante a reprodução.
O tubarão baleia é considerado um animal ovovivíparo, ou seja, a fecundação é interna com armazenamento de ovos no interior da fêmea. Os embriões eclodem dos ovos e ainda dentro do corpo da mãe, completam seu desenvolvimento. A alimentação dos embriões acontece através do saco vitelínico, onde permanecem ligados até o nascimento. Esse tipo de reprodução também é denominada de viviparidade lecitotrófica.
As fêmeas de tubarão baleia alcançam a maturidade sexual por volta dos 30 anos de idade e dão à luz filhotes que apresentam entre 40 a 60 centímetros de comprimento.
O tubarão baleia é uma espécie considerada vulnerável, ou seja, com possibilidade de extinção. Ele faz parte da lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Em alguns países, como Taiwan, a caça predatória desse animal ainda é permitida.
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Algumas regiões se tornaram alvo de muita exploração turística, devido a presença do tubarão baleia. Na Austrália, por exemplo, em alguns pontos é possível nadar ao lado desse tubarão. Aparentemente, esse animal pode ser assustador, devido a seu porte e características físicas.
Qual o maior animal dos oceanos?
O tubarão baleia é considerado o maior tubarão existente nos oceanos, porém, outros animais conseguem superar seu tamanho. Podemos destacar alguns seres vivos como sendo os maiores animais do fundo dos oceanos, tais como:
1- Tubarão branco: é o maior predador marinho existente, porém, não é o maior de todos os animais. Mas seu tamanho assusta, podendo atingir cerca de 7 metros de comprimento.
2- Regaleco: também conhecido como peixe remo, é um tipo de peixe estranho, bizarro, bem comprido, podendo alcançar 12 metros de comprimento. Antigamente, era conhecido como monstro marinho.
3- Polvo gigante: o polvo gigante vive nas profundezas dos oceanos e seus tentáculos enormes chegam a medir 10 metros.
4- Lula gigante: a lula gigante também habita as profundezas dos oceanos e esse animal é capaz de atingir 12 metros.
5- Tubarão frade: o tubarão frade consegue ultrapassar o tamanho do tubarão branco, chegando a medir aproximadamente 12 metros.
6- Cachalote: essa baleia, pertencente a família dos cetáceos, pode medir 24 metros. Esse animal ficou muito conhecido devido a obra literária “Moby Dick”, escrita por Herman Melville.
7– Baleia azul: é a maior baleia conhecida, podendo alcançar os 33 metros de comprimento.
8- Água viva juba de leão: o maior animal do ambiente oceânico é um tipo de água viva, onde seus tentáculos atingem 36 metros.
» ROCHA, Bruno César Luz. Habitats adequados e aspectos ecológicos do tubarão-baleia (Rhincodon, typus Smith 1828) no Oceano Atlântico Sudoeste e Equatorial. 2016.
» ROCHA, Bruno César Luz Macena et al. Estudo da sazonalidade, distribuição, abundância e comportamento migratório do tubarão-baleia (Rhincodon typus Smith, 1828) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo. 2010.