História

Al Qaeda: o que é, como se originou e o que propõe?

No dia 11 de setembro de 2001, o mundo parou ao ver os ataques terroristas contra o prédios e monumentos de Nova York e Washington. De acordo com informações oficiais das autoridades americanas, os quatro ataques deste dia resultaram na morte de quase 3 mil vítimas entre passageiros, trabalhadores dos prédios atingidos, bombeiros, terroristas e até pessoas que estavam ao redor.

Todo este terror provocado nos Estados Unidos foi criado pelo grupo Al Qaeda, tendo como comandante, na época, Osama Bin Laden. A partir deste atentado, o grupo formado por fundamentalistas islâmicos e árabes ganhou destaque no mundo todo. Ao longo dos anos de existência a formação acumula uma lista de atentados e mortes por onde atua.

Como surgiu o Al Qaeda?

De acordo com o portal de notícias R7, o grupo terrorista surgiu da Irmandade Muçulmana da Palestina (MAK, sigla em árabe), em 1988. Na verdade, a organização funcionava como uma filial da MAK e era comanda por Bin Laden. Mas, desde 1980 eles já recrutavam e treinavam jovens para que estes continuassem a guerra santa fora do Afeganistão, chamada de jihad.

Em nome da religião o grupo terrorista Al-Qaeda acumula ataques e mortes ao redor do mundo

Seu maior líder foi Osama Bin Laden , morto em 2011 (Foto: depositphotos)

Segundo uma entrevista, dada a Agência Brasil, do mestre em estudos regionais do Oriente Médio e professor da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap), Jorge Mortean, o nascimento destes grupos está relacionado a realidade dos “países miseráveis e ditatoriais, com o status falido, como a Somália, o Iêmen, a Eritréia e o Afeganistão”. Para o professor, as organizações como o Al Qaeda “nascem do desespero das populações locais em ter uma resposta, um motivo político para sobreviver. E a religião, de uma forma deturpada, vem como essa resposta, infelizmente”.

Atuação e objetivos do grupo

Al Qaeda não atua em um local fixo, mas sim espalhado pelo mundo. Levando em consideração as informações do portal R7, o grupo está presente em cem países com células autônomas, sendo algumas delas: Reino Unido, Itália, Estados Unidos, França, Espanha e Uganda. Ainda segundo este portal de notícias, o Departamento de Estado dos EUA acredita que pode haver um célula desta organização na Tríplice Fronteira, ponto de encontro entre Argentina, Brasil e Paraguai.

Por muitos anos, o grande líder do Al Qaeda foi Osama Bin Laden. Contudo, após a sua morte, em 2011, o cirurgião de olhos Ayman al-Zawahiri foi o escolhido para substituí-lo. De acordo com a BBC Brasil, Zawahiri já era chefe ideológico do grupo, tendo participado da elaboração dos atentados do dia 11 de setembro de 2001. Além de Bin Laden, ele era o homem mais procurado pelos Estados Unidos.

Outro nome importante para este grupo terrorista é o Nasser Abdul Karim al-Wuhayshi, líder da Al-Qaeda na Península Árabe (AQAP, na sigla em inglês). Ainda segundo informações da BBC Brasil, este membro teria sido nomeado por Zawahiri como gerente-geral da organização.

Dentre os objetivos do Al Qaeda, está a eliminação total da influência do Ocidente nos países muçulmanos. Além disso, o grupo pretende substituir os governos existentes nestas localidades por regimes que levem em consideração as fundamentações islâmicas.

O Oriente Médio na prova do Enem: principais conflitos da atualidade [2]

Atentados mais marcantes do Al Qaeda

Além dos quatro atentados nos Estados Unidos, em setembro de 2001. Uma outra atuação do Al Qaeda ganhou repercussão internacional. Desta vez, trata-se do ataque da redação do semanário satírico francês Charlie Hebdo, em Paris. Dois homens encapuzados invadiram o ambiente de trabalho dos profissionais de comunicação e mataram 12 pessoas. Segundo a Agência Lusa, após dois dias de fuga os dois assassinos foram mortos por forças da elite francesa. Em vídeo, Nasser Ben Ali Al Anassi falou sobre o atentado e declarou que “heróis foram recrutados e atuaram”.