Segundo uma entrevista, dada a Agência Brasil, do mestre em estudos regionais do Oriente Médio e professor da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap), Jorge Mortean, o nascimento destes grupos está relacionado a realidade dos “países miseráveis e ditatoriais, com o status falido, como a Somália, o Iêmen, a Eritréia e o Afeganistão”. Para o professor, as organizações como o Al Qaeda “nascem do desespero das populações locais em ter uma resposta, um motivo político para sobreviver. E a religião, de uma forma deturpada, vem como essa resposta, infelizmente”.
Al Qaeda não atua em um local fixo, mas sim espalhado pelo mundo. Levando em consideração as informações do portal R7, o grupo está presente em cem países com células autônomas, sendo algumas delas: Reino Unido, Itália, Estados Unidos, França, Espanha e Uganda. Ainda segundo este portal de notícias, o Departamento de Estado dos EUA acredita que pode haver um célula desta organização na Tríplice Fronteira, ponto de encontro entre Argentina, Brasil e Paraguai.
Por muitos anos, o grande líder do Al Qaeda foi Osama Bin Laden. Contudo, após a sua morte, em 2011, o cirurgião de olhos Ayman al-Zawahiri foi o escolhido para substituí-lo. De acordo com a BBC Brasil, Zawahiri já era chefe ideológico do grupo, tendo participado da elaboração dos atentados do dia 11 de setembro de 2001. Além de Bin Laden, ele era o homem mais procurado pelos Estados Unidos.
Outro nome importante para este grupo terrorista é o Nasser Abdul Karim al-Wuhayshi, líder da Al-Qaeda na Península Árabe (AQAP, na sigla em inglês). Ainda segundo informações da BBC Brasil, este membro teria sido nomeado por Zawahiri como gerente-geral da organização.
Dentre os objetivos do Al Qaeda, está a eliminação total da influência do Ocidente nos países muçulmanos. Além disso, o grupo pretende substituir os governos existentes nestas localidades por regimes que levem em consideração as fundamentações islâmicas.
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Além dos quatro atentados nos Estados Unidos, em setembro de 2001. Uma outra atuação do Al Qaeda ganhou repercussão internacional. Desta vez, trata-se do ataque da redação do semanário satírico francês Charlie Hebdo, em Paris. Dois homens encapuzados invadiram o ambiente de trabalho dos profissionais de comunicação e mataram 12 pessoas. Segundo a Agência Lusa, após dois dias de fuga os dois assassinos foram mortos por forças da elite francesa. Em vídeo, Nasser Ben Ali Al Anassi falou sobre o atentado e declarou que “heróis foram recrutados e atuaram”.