Uma onça pintada pode chegar a pesar entre 56 a 92 quilos. No entanto, alguns animais já foram flagrados com quase 160 quilos. Já com relação ao tamanho, ele pode variar de 1,12 a 1,85 metros, sem a cauda. Sua característica física são as manchas na pele e os pelos espalhados que, como o próprio nome diz, formam “pintas”.
O felino é um dos carnívoros mais ágeis e tem a fama de devorar qualquer animal menor que cruzar o seu caminho.
Eis então mais um símbolo do nosso país: o Mico-Leão-Dourado. Mas infelizmente, ele também traz consigo outra marca nacional: a extinção. Isso tudo devido à captura dos zoológicos e até como bichinho de estimação.
Por conta disso é cada vez mais difícil encontrar um Mico-Leão-Dourado na Floresta Amazônica. Pequenino, ele pode chegar a pesar 800 gramas e costuma viver em grupos. Seus hábitos são diurnos e é um animalzinho que gosta de fazer uma bagunça logo cedo da manhã. Ao longo do dia, ele vai se acalmando.
Se existe um rei nas águas amazônicas podemos dizer que ele é o boto. Sim! O animal é tão famoso na Floresta Amazônica que já virou uma lenda propriamente dita. Afirma o folclore popular que o boto escolhe as noites de lua para ganhar corpo de homem, usar uma roupa branca e seduzir as mulheres até às margens do rio. Depois de engravidá-las, ele volta ao seu habitat natural.
Além da lenda, o que sabemos dele é que é um animal extremamente brincalhão, se alimenta de peixes e, infelizmente, mais um animal que corre risco de extinção, por conta da caça humana cruel.
Veja também: Fauna e Flora da Amazônia [1]
O título de “animais surpreendentes na Amazônia” certamente é ostentado pelas aves [2]. Coloridas, lindas e livres elas enchem os olhos dos observadores. Uma delas é a Garça-real. De um azul infinito, ela vive no Norte do Brasil em meio às arvores e margens do Rio Amazonas.
Seu bico é azul, sua cabeça tem no topo uma pelugem preta e o restante das suas penas são amarelas. Uma ave maravilhosa que se alimenta de frutas e alguns animais pequenos.
Se na Flórida, nos Estados Unidos, o mascote é um jacaré, a nossa Floresta Amazônica também tem o seu réptil [4] para lhe representar. É o Jacaretinga, um pequeno jacaré que come pequenos animais que vivem às margens do Rio Amazonas.
Ele não é um caçador nato, podemos dizer que as próprias presas acabam indo de encontro a ele. Em geral, os machos medem entre 1,8 e 2,5 metros de comprimento e as fêmeas chegam até 1,4 metros.
Se existe um animal lindo na Floresta Amazônica é a Harpia. Você já ouviu falar? Se não, imagine uma espécie de águia. Ela é uma ave que pode chegar a 2 metros de comprimento com as asas abertas e pesar 50 quilos. Suas garras são poderosas e seu codinome é gavião-real.
Por conta da sua agilidade e destreza, a Harpia é considerada como a ave de rapina mais poderosa do planeta. Ela se alimenta de outros animais e nem pense que o tamanho das suas presas a assusta. Isso porque ela pode caçar até carneiros. Diferentemente dos outros animais, as fêmeas são maiores e mais fortes que o macho.
Ainda sobre seus atributos físicos, a Harpia tem as penas pretas com detalhes na cabeça cinza. Uma belezura.
O macaco-aranha-de-cara-branca é também chamado de Ateles marginatus. Ele é um animal nativo da Floresta Amazônica brasileira. Seu habitat é, principalmente, nas regiões próximas aos rios, como o Rio Tapajós, o Rio Xingu e o Rio Teles. Por isso, são nos estados do Mato Grosso e do Pará que esses mamíferos [5] são encontrados.
Sua característica física é ter os pelos pretos escuros, mas o seu focinho é branco, por isso o nome popular do bichinho. Além disso, trata-se de um mamífero ágil e esperto.
O Caititu é chamado de porco-do-mato pois ele se assemelha a um javali, por essa razão também é chamado dessa forma. Ele é um animal típico da Floresta Amazônica. Entre as suas características físicas estão um focinho glandular, uma pequena cauda e um tipo de estômago que permite que esse animal se alimente de tipos diferentes de alimentos, desde pequenos animais até frutas, verduras e outros alimentos encontrados no seu habitat.
Um caititu adulto mede até um metro de comprimento e chega a 45 centímetros de altura, sendo o seu peso até 30 quilos. O pelo é áspero e negro com algumas rajadas em cinza. Outra característica importante desse animal é que ele emite um cheiro característico através da glândula localizada no focinho.
O nome científico desse típico animal da Floresta Amazônica é Mesembrinibis cayennensis. Trata-se de uma ave que vive no Brasil e nas florestas de países como Paraguai, Argentina e Panamá. Seu tamanho é de até 60 centímetros de comprimento e suas penas são verdes, assim como o longo bico. Por tudo isso é uma ave bem bonita.
Veja também: Ecossistemas brasileiros [6]
O seu nome científico é Eurypyga helias, mas é popularmente conhecido como Pavãozinho-do-Pará. Ele vive na Floresta Amazônica e alimenta-se de peixes e outras presas que vivem nas águas, onde costuma capturá-las com sobrevoos rasantes.
Suas características físicas são: pescoço longo e cabeça preta com umas listras brancas. Peito bege, com pequenas variações para preto e marrom. As asas costumam ser brancas e quando abertas apresentam uma cor alaranjada.
Sua moradia é sempre próxima às águas onde escolhe seu alimento, mas ele não costuma entrar na água, prefere capturar suas presas silenciosamente voando.
Menos comum que a onça-pintada, a onça-parda tem o nome científico de Puma concolor. Apesar de não ser nativo da Floresta Amazônica e ser encontrado em vários lugares do mundo como Canadá, Chile etc, ele é um felino ainda presente em alguns lugares do norte do Brasil.
Ele é um predador extremamente rápido e estima-se que existam cerca de 10 mil animais no Brasil. Embora, desde 2014, o Puma foi considerado um animal ameaçado no país, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A Arara Vermelha é chamada no meio científico de Ara chloropterus. Essa ave é mais uma que esbanja beleza, cujas cores são tão incríveis que impressionam. Essa espécie costuma viver em bandos e é encontrada na Floresta Amazônica, além do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Minas Gerais, Bahia e até no estado de São Paulo.
Suas características físicas são: até 90 centímetros de comprimento e peso de 1,5 quilos. Um dos seus atributos é que as araras vermelhas são monogâmicas, ou seja, após o acasalamento, elas são fieis aos seus companheiros (tanto machos quanto fêmeas) e vivem a vida inteira com o mesmo par.
Você pode até nunca ter ouvido falar nesse nome, mas o bichinho com certeza você já viu alguma foto dele. Conhecido como lontra-gigante, ele é um animal que pode ser encontrado na Floresta Amazônica brasileira.
A Ariranha é uma espécie ameaçada, por isso está na lista dos animais que correm o risco de extinção. Seu tamanho pode chegar a 1,8 metros de comprimento e seu peso até 45 quilos para os machos. As fêmeas tendem a ser menores. Eles se alimentam de peixes e pequenos animais aquáticos e são considerados predadores nos seus habitats naturais.
Você sabia que na Floresta Amazônica existe o cachorro-vinagre? Isso mesmo! Seu nome científico é Speothos venaticus e ele tem esse nome porque chega a ser parecido mesmo com um cachorro doméstico, exceto por algumas características, entre elas a de estar ameaçado de extinção.
Outros exemplos são: eles são animais semiaquáticos, pesa até 7 quilos. Seu pelo é avermelhado e sua cauda é curtinha. Suas orelhas são pequenas, assim como sua estatura. Eles se alimentam de pequenos roedores, aves e répteis de pequeno porte em geral.
É claro que em um artigo sobre os animais típicos da Floresta Amazônica do Brasil não poderíamos deixar de citar a famosa sucuri. A cobra é tão famosa quanto o próprio bioma que a guarda.
Cientificamente chamada de Eunectes murinus, a sucuri também é popularmente chamada de anaconda. Ela é a maior cobra da sua espécie. Vive nas áreas alagadas e é nessa região onde a cobra se alimenta, principalmente de jacaré e capivaras.
Sim! A sucuri é famosa por caçar espécies que parecem ser bem mais fortes que ela. Mas isso é um engano, pois ela pode facilmente chegar a 6 metros de comprimento e pesar mais de 100 quilos.
A sucuri é temida por todos, principalmente pelas inúmeras lendas que a envolvem. Porém, a cobra não tem por hábito ferir humanos, apenas se ela se sentir ameaçada, podendo vir a morder uma pessoa.
Essa é mais uma cobra da Floresta Amazônica. Chamada de Lachesis muta na ciência, ela está ameaçada de extinção. Sua pele é bonita e formam desenhos nas cores amarelo e preto.
Seu habitat são as matas fechadas, principalmente no coração da Amazônia. Mas também é possível encontrá-la em algumas áreas da Bahia. Ela costuma atacar os seres humanos somente quando se sente ameaçada.
Como ela vive dentro da mata fechada o ataque é mais comum ao homem. Isso porque, sem vê-la devido à pele camuflada, ele se aproxima da cobra e acaba representando uma ameaça ao animal.
As borboletas também deixam a Floresta Amazônica ainda mais bonita. Um exemplo é a Mariposa-atlas. Ela tem esse nome graças ao seu tamanho grande, sendo considerada a maior borboleta do mundo. Além do Brasil, ela também é encontrada na Tailândia, Indonésia e Índia.
Sua cor é marrom e de asas abertas ela pode chegar até 30 centímetros. Nessa espécie, as fêmeas são maiores e mais pesadas que os machos Mariposa-atlas. Assim, trata-se de mais um exemplo da diversidade amazônica e da riqueza peculiar dessa floresta.
O céu na nossa Floresta Amazônica é mesmo um presente divino. Isso porque as aves que povoam esse bioma são fantásticas. Uma delas é o Saí-andorinha, cujo nome científico é Tersina viridis.
Sua beleza chama a atenção: penas azuis claras e brilhantes, com bico preto e barriga branquinha. Alimenta-se da seiva das árvores e de pequenos bichos.
Esse é mais um animal curioso presente na Floresta Amazônica. A Irara se alimenta de frutas, mel e pequenos mamíferos. Ela pode chegar a 60 centímetros de comprimento. Por conta dos seus hábitos alimentares, algumas pessoas a chamam de papa-mel.
Sua orelhas são curtas e seu corpo é escuro, quase preto. Suas pernas e pescoço são longos o que lhe permitem movimentos muito ágeis. Por onde eles passam têm um hábito curioso: deixar suas marcas nos tocos das árvores, para demarcar território.
Como falado no início deste artigo, são mais de 3 milhões de espécies de bichos que vivem na Floresta Amazônica. Aqui, trouxe apenas alguns exemplares. Infelizmente, alguns deles em extinção.
Veja também: Floresta Amazônica [7]
A fauna brasileira corre perigo e isso também influencia a sobrevivência de espécies no mundo inteiro, uma vez que a Amazônia é uma região importante para o planeta como um todo, principalmente no que diz respeito a muitos bichos que só existem por aqui.
Logo, vemos a importância crucial de falarmos sobre a problemática do desmatamento e a caça ilegal que ainda resiste no território da Amazônia. É preciso denunciar e conhecer bem toda a nossa diversidade natural para podermos lutar pela sobrevivência e preservação não só da floresta como também de muitos animais envolvidos.
»Amazônia abriga mais de 2 milhões de espécies de animais, artigo disponível em: http://www.ebc.com.br/infantil/ja-sou-grande/2014/09/amazonia-abriga-mais-de-2-milhoes-de-especies-de-animais . Acesso em 12 de Setembro de 2018.
» Pavãozinho-do-pará, artigo disponível em: https://www.wikiaves.com/pavaozinho-do-para . Acesso em 12 de Setembro de 2018.