Lançamento do Explorer I

Após o final da Segunda Guerra Mundial, os países ficaram divididos em dois grandes sistemas políticos, de um lado o capitalismo comandado pelos Estados Unidos da América, e do outro o socialismo encabeçado pela União Soviética (atual Rússia). E nessa mesma época, esses líderes decidiram impor suas ideologias para outras nações e formaram seus aliados.

O objetivo de elevar um sistema em detrimento do outro levou essas duas potências a declararem guerra, mas sem armamentos e conflitos. As lutas travadas no período conhecido como Guerra Fria, eram ideológicas e não foram batalhas com derramamento de sangue. No contexto desta rivalidade começaram uma corrida espacial, que o fizeram competir para ser o primeiro país a colocar um satélite artificial em órbita e chegar até a lua.

A corrida espacial

Em 1946 começaram a utilizar os foguetes V-2, que foram capturados dos nazistas, a intenção desses lançamentos era realizar medições de pressão, densidade e temperatura. Com isso, o interesse militar aumentou e o EUA declarou que a Força Aérea e a Armada do país estavam trabalhando no Projeto Vanguarda, com o objetivo de lançar satélites a partir de 1958.

Lançamento do Explorer I

Foto: Reprodução/ internet

Em contrapartida, a União Soviética saiu na frente e enviou o primeiro satélite artificial da história, em 1957, o chamado Sputnik I. Um ano depois, ainda com o orgulho ferido, os Estados Unidos enviou o Explorer I, também conhecido Satelite 1958 Alpha ficando em órbita mais tempo que o do seu rival, no período de 31 de janeiro até maio. Contando com um perigeu de 360 quilômetros e apogeu de 2.520 quilômetros.

O Explorer I

Projetado e construído por um grupo de cientistas da Universidade de Iowa liderados por James van Allen, o Explorer I foi o primeiro satélite do EUA enviado ao espaço com sucesso. O veículo foi equipado pelo seu mentor com um contador Geiger, cujo objetivo era medir a intensidade dos raios cósmicos, os íons rápidos que chegam do espaço e sua variação com a distância ao equador magnético.

O primeiro protótipo enviado pelos Estados Unidos se manteve no espaço mesmo sem funcionar até 1970, quando voltou a entrar na atmosfera e foi se desintegrando sobre o Pacífico. Atualmente, uma cópia de segurança do Explorer I que nunca foi usada está exposta no Museu do Ar e do Espaço, em Washington.

Uma das grandes descobertas que as viagens orbitais proporcionaram ao homem foi a confirmação da existência dos “cinturões de Van Allen”, considerado um dos grandes sucessos do Ano Internacional da Geofísica. Já em outubro de 1958, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) deu início ao programa Explorer. Desenvolvido até nos dias de hoje, teve até 2014 mais de 85 lançamentos bem-sucedidos.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.