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Como não ser pego no plágio 

Poucas coisas assombram mais os estudantes, principalmente os universitários, do que o temido plágio.  Mas por que alguém “honesto” teria medo de ser acusado de copiar um trabalho ou obra de outra pessoa?

Quando se trata de plágio, principalmente em trabalhos acadêmicos, o buraco é um pouco mais embaixo. Nem sempre o aluno é culpado pelo plágio.  

Plágio involuntário

Além da maneira que já é imaginada à princípio, copiando de má-fé a pesquisa ou tese de outra pessoa, há outros pequenos deslizes que podem fazer uma pessoa ser acusada de plágio. 

Uma das situações mais recorrentes de plágio involuntário acontece durante o uso de citações em monografias ou artigos científicos.

O plágio involuntário acontece durante o uso de citações em monografias ou artigos científicos

Existem três formatos de citações que podemos utilizar (Foto: depositphotos)

Cuidados para não ser acusado de plágio

Como mostrado anteriormente, a principal causa de plágio involuntário é o mau uso de citações de outros autores.

Tipos de citação

Segundo os padrões da ABNT, existem três formatos de citações que podemos utilizar, seja em um trabalho cientifico ou até mesmo uma avaliação, como o Enem por exemplo.

  • Direta: na citação direta, o trecho deve ser transcrito como consta no material original. Basta colocar o trecho entre aspas e fora dos sinais de pontuação, citar o nome do autor.

Como dizia Santo Agostinho, “Enquanto houver vontade de lutar haverá esperança de vencer”.

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  • Indireta: ao contrário da que foi citada acima, a citação indireta não precisa estar escrita fielmente ao que o autor expôs em sua obra.

Esse tipo de citação é escrito nas palavras de quem a está utilizando e não faz uso de aspas, mas precisa estar acompanhada dos créditos ao autor.

De acordo com o teólogo e filósofo Santo Agostinho, não podemos desistir facilmente de uma luta, caso contrário, a esperança de conseguir superar aquele obstáculo desaparecerá.

  • Citação de citação: esse tipo de citação é utilizada quando não se tem acesso à obra original do trecho que vai ser utilizado. Para utilizar esse artificio, o interessado precisa citar tanto o autor original, quanto o outro autor que o citou.

A citação de citação pode ser utilizada tanto de maneira direta ou indireta.

Citação de citação (forma direta)

Segundo Fulano (1958), citado por Fulana (2005, p. 98), “a origem do pão de queijo é incerta e especula-se que sua receita exista desde o século XVIII”. 

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Citação de citação (forma indireta)

Segundo Fulano (1958), citado por Fulana (2005, p. 98), apesar de ser um prato típico de Minas Gerais, a origem do pão do queijo é incerta e estimasse que sua receita exista desde o século XVIII.

A fim de não correr riscos, já que a ABNT constantemente atualiza os formatos de citação e suas regras, o ideal é não se basear nos exemplos que foram citados acima.  

Plágio é crime?

Segundo a Lei de direitos autorais Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, o plágio é considerado um crime. Mas calma! Não precisa se desesperar. Essa legislação protege os direitos do autor original de obras comerciais.

Ou seja, não há problemas em copiar pequenos trechos de outras obras para usar em trabalhos acadêmicos, desde que a citação esteja dentro das regras da ABNT.

Veja também: ABNT: normas para trabalhos acadêmicos

Sobre o autor

Jornalista formado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo (UniFavip-DeVry). Possui experiência prática de dois anos na área de produção de textos para web e social media (MTB/PE: 6771). Atualmente trabalha com produção de conteúdo audiovisual para plataformas digitais, sendo as principais os canais do Remédio Caseiro e do Clube para Cachorros, no YouTube.