Como o próprio nome já nos indica, o acento diferencial tem a função de distinguir palavras que apresentam a mesma grafia, mas que têm significados diferentes (homógrafas). Com a vigência do Novo Acordo Ortográfico, é preciso distinguir os acentos diferenciais que caíram de vez, os que são obrigatórios ou aqueles facultativos. Neste artigo, entenda o caso de “por” e “pôr”, que mantém o acento.
“Por” e “pôr”: o acento diferencial é mantido
Ao contrário de outros casos, o acento diferencial foi mantido no par “por” (preposição) e “pôr” (verbo). É importante ressaltar que, neste caso, o uso do acento diferencial é obrigatório! Confira um exemplo a seguir, retirado da “Novíssima Gramática da Língua Portuguesa”, de Domingos Paschoal Cegalla:
-Pôr sal no café por distração.
Como podemos observar, o acento do verbo “pôr” serve para diferenciá-lo da preposição “por”.
E os outros acentos diferenciais?
O acento diferencial também é obrigatório para distinguir “pode” (presente do indicativo do verbo “poder”) e “pôde” (pretérito perfeito do verbo “poder”). Já o acento diferencial da palavra “fôrma” (molde) é opcional, servindo para distinguir de forma (feitio, modo).
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O acento diferencial foi abolido nos seguintes casos:
ANTES | DEPOIS |
Pára | Para |
Pêlo | Pelo |
Pólo | Polo |
Pêra | Pera |
Péla | Pela |
Lembre-se: após o Novo Acordo Ortográfico, o acento diferencial é utilizado obrigatoriamente apenas nos casos de “pôr”/”por” e “pôde”/”pode”.