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Biografia de Fernão Lopes

Biografia de Fernão Lopes

Imagem: Reprodução

Apesar de ser grande a sua influência na história, não se sabe muito sobre a vida de Fernão Lopes, cronista e historiador português. É provável que ele tenha nascido na cidade de Lisboa entre os anos de 1378 e 1383, filho de uma família de camponeses ou de mesteirais. Fernão foi guarda-mor da Torre do Tombo, tabelião geral do reino e cronista dos grandes reis de Portugal D. João I e D. Duarte, ainda também do infante D. Fernando. Alguns historiadores apelidaram o cronista como “pai” da História Portuguesa, já que ele escreveu importantes crônicas cruas e fatídicas do que acontecia em Portugal durante sua vida. Não há relatos, mas se acredita que Fernão Lopes haveria falecido por volta de 1460.

Cronologia de Fernão Lopes

  • 1418: Foi nomeado guarda-mor da Torre do Tombo, o que o tornou responsável pela preservação do tombo (arquivo) real, como se fosse um cartório localizado em uma das torres do castelo de Lisboa;
  • 1419: Ocupa a função de escrivão dos livros de D. Duarte e, logo após, de D. João I. Foi, provavelmente, nesse momento que Fernão teria começado a escrever a crônica dos sete primeiros reis de Portugal;
  • 1422: Começa a exercer a função de escrivão de puridade do infante D. Fernando;
  • 1434: Acabou virando o cronista-mor do Reino. Tal cargo o tornou redator oficial das narrativas históricas dos reis de Portugal;
  • 1454: Deixa de ser guarda-mor da Torre do Tombo, por causa de sua idade já avançada;
  • 1459: Última informação sobre a vida de Fernão Lopes nos registros da época;
  • 1942 e 1945: São encontrados manuscritos de uma crônica dos sete primeiros reis de Portugal, conhecida com o nome “Crônica de Portugal de 1419”. Tais manuscritos teriam sido atribuídos a Lopes.

Crônicas e estilo do autor

Fernão Lopes não foi um escritor de crônicas qualquer do século XV. Com seus textos ele sempre buscou mostrar a história como ela realmente estava acontecendo, ou seja, uma “verdade crua”. Lopes assumia uma posição de autoridade, isenção e distanciamento, sendo estes atributos capazes de detectar e controlar os subjetivismos dos discursos para, assim, chegar a tal verdade. Quanto ao estilo do português, ele representa uma literatura de expressão oral e de raiz popular. Tendo o próprio dito que em suas páginas não se encontra a beleza das palavras, mas a nudez da verdade. Das crônicas escritas por Fernão, apenas três são encontradas hoje em dia: Crônica de el-rei D. Pedro, Crônica de el-rei D. Fernando e Crônica de el-rei D. João.

Sobre o autor

Jornalista pela Universidade Federal da Paraíba. Trabalhou como redatora e editora para a iHaa Network; repórter e assessora de comunicação para órgãos públicos; repórter na Revista Nordeste; marketing e mídias digitais no Grupo Neyla Venâncio; e redatora freelancer. Atualmente é assessora parlamentar e, em paralelo ao ofício como jornalista, é professora de inglês e grande entusiasta da língua.