Os ditados populares antigos

Também chamados de provérbios, os ditados populares são frases curtas que marcam a sabedoria popular. Essas sentenças se baseiam no senso comum de um determinado grupo social e possuem o intuito de simbolizar um conceito ou norma social que nem sempre possuem uma expressão.

No geral, ditados não possuem um autor e, por serem muito antigos, podem acabar mudando com o tempo a ganhando novos sentidos. 

Levando em consideração que esta é uma tradição oral que está muito longe de desaparecer, por que sabemos tão pouco sobre a história, origem e significados de alguns dos ditados populares?

Os ditados antigos mais populares

A ciência usada para estudar os ditados populares é a paremiologia

“Quem com ferro fere, com ferro será ferido” é um exemplo de ditado popular (Foto: depositphotos)

Ditados são coisas tão presentes no nosso cotidiano que, por várias vezes, acabam passando desapercebidos.

Inclusive, esse tipo de fenômeno vem chamando a atenção de linguistas e profissionais que trabalham com semiótica, psicologia e outras áreas há tanto tempo, que foi criada uma ciência apenas para estudar esses provérbios: paremiologia. 

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Conheça alguns dos ditados mais populares e os seus significados:

Quem com ferro fere, com ferro será ferido

Essa expressão é usada para se referir que toda ação tem uma reação. Sabe quando dizem que nós colhemos aquilo que plantamos? Pois é, quem fizer o bem, irá colher o bem. Quem ferir alguém, também será ferido.

Onde Judas perdeu as botas

Apesar de não existirem evidências na bíblia sobre Judas usar botas, algumas histórias contam que após trair Jesus Cristo, o seu ex-discípulo ocultou a recompensa que recebeu em um par de botas e as escondeu.

Até hoje, ninguém conseguiu encontrar as botas abarrotadas de moedas de prata, os populares costumam usar a frase “onde Judas perdeu as botas”, para se referir a um lugar muito distante.

Enfiar o pé na jaca

Há muito tempo, a parte da frente dos bares possuíam vários balaios com legumes e frutas que eram vendidas. Essas cestas eram chamadas de jacá. Sempre que alguém bebia demais, acabava saindo do estabelecimento cambaleando e acabava pisando nos cestos.

A expressão correta seria “enfiou o pé no jacá”, mas com o tempo, com o desuso desse termo para se referir aos cestos feitos com bambu, a expressão acabou sendo modificada para jaca.

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Pôr a mão no fogo por alguém

Essa expressão tem origem na Idade Média, mais especificamente durante o período da Inquisição, que era o nome dado a grupos da Igreja Católica que combatiam a heresia.

Uma das formas de tortura utilizada por esses grupos, a fim de colocar a inocência do acusado à prova, era amarrar uma tocha de ferro com um tecido umedecido com uma cera inflamável.

Após três dias, a mão do réu era verificada por juízes e testemunhas. Se fosse encontrada alguma lesão na mão do acusado, para a Inquisição, ele não teve proteção divina e deveria ser morto.

A expressão “por a mão no fogo”, significa confiar cegamente em alguém, sem se preocupar em ser enganado.

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Casa da mãe Joana

Essa expressão surgiu na Itália quando Joana, rainha de Nápoles e Condessa de Provença, aprovou a existência de bordeis em Avignon, na França.

Na porta de todos os estabelecimentos, havia uma placa escrito “Que tenha uma porta por onde todos entrarão”.

Em Portugal, a cidade passou a ser chamada de Paço de Mãe Joana. Chegando ao Brasil, a expressão se tornou “casa da mãe Joana”.

Sobre o autor

Jornalista formado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo (UniFavip-DeVry). Possui experiência prática de dois anos na área de produção de textos para web e social media (MTB/PE: 6771). Atualmente trabalha com produção de conteúdo audiovisual para plataformas digitais, sendo as principais os canais do Remédio Caseiro e do Clube para Cachorros, no YouTube.