O trema, aquele sinal que indicava a pronúncia, não tônica, de U antecedido de Q ou G e seguido de E ou I não existe mais em palavras de origem portuguesa. Portanto, não se coloca mais o trema sobre u dos grupos gue, gui, que, qui, quando proferido e átono.
Desde que o Novo Acordo Ortográfico entrou em vigor, grafamos algumas palavras da seguinte maneira: aguentar, sagui, frequente, equino, tranquilo, ensanguentar, etc. O sinal de diérese foi totalmente suprimido das palavras portuguesas por não se justificar, uma vez que é uma questão de fonética e não de grafia.
Mas por que algumas palavras ainda possuem o trema?
Palavras estrangeiras apresentam trema
O trema realmente foi abolido na escrita de palavras portuguesas. Muita gente sente saudades do sinal gráfico, mas ele ainda pode ser visto em nomes estrangeiros e palavras deles derivadas.
Assim sendo, o trema continua apenas em nomes próprios e seus derivados de origem estrangeira. Alguns exemplos são os seguintes: Dürer, Müller, Staël, mülleriano, Hübner, Bündchen, e assim por diante.
Dúvidas acerca da pronúncia correta
A ausência do trema pode provocar dúvidas sobre a pronúncia correta de palavras como redarguir, quinquênio, equíneo, equidistante, ubiquidade, equilátero, aquicultura, etc. O trema não aparece mais na escrita, mas a pronúncia permanece igual.
De acordo com o gramático Cegalla, alguns dicionários indicam a pronúncia correta, tremando o u, colocado entre parênteses, ao lado da palavra: equídeo (ü); ou separando-o da vogal seguinte: equidistante (u – i).