Para conhecer mais sobre a bandeira da Irlanda é fundamental compreender que existe uma divisão na ilha entre Irlanda do Norte e República da Irlanda. Antes de 1921 havia apenas uma Irlanda, o que mudou a partir de conflitos, principalmente religiosos entre protestantes e católicos.
A República da Irlanda tem a maioria da população católica e não faz parte do Reino Unido. Já a Irlanda do Norte é parte integrante do Reino Unido e tem sua população dividida entre o catolicismo e o protestantismo. O poder político na Irlanda do Norte está nas mãos de um Chefe de Estado, que é a Monarquia Britânica. Já a República da Irlanda é um país independente, onde o poder é exercido por um Primeiro Ministro.
A questão da Irlanda do Norte não se esgota no âmbito da divisão religiosa, mas atinge também a política. Os católicos são reconhecidos como grupo nacionalista ou republicano, os quais lutam pela independência do país em relação ao Reino Unido. Já os protestantes são chamados de unionistas, os quais defendem a permanência no Reino Unido.
As diferenças entre Irlanda do Norte e República da Irlanda se refletem também nas bandeiras usadas por cada uma delas. Saiba mais sobre essa diferença!
Índice
República da Irlanda e sua bandeira
A República da Irlanda, ou apenas Irlanda, é um país independente que ocupa a maior parte da ilha da Irlanda, cuja capital é Dublin. A extensão de seu território é de 70.273 km², próximos da costa da Inglaterra e do País de Gales. Ela não é parte do Reino Unido, ao contrário de sua vizinha Irlanda do Norte.
A independência da República da Irlanda foi conquista na Guerra Anglo-Irlandesa, conflito armado que ocorreu entre os anos de 1919 e 1921, envolvendo o Exército Republicano Irlandês e o Exército Britânico. Como país independente, a República da Irlanda tem sua própria bandeira, uma tricolor com faixas verticais.
Significado da bandeira da Irlanda
A bandeira da Irlanda é parte do conjunto de elementos identitários que caracterizam o país enquanto Estado soberano. Existem vários outros elementos culturais que caracterizam a Irlanda, como é o caso da harpa irlandesa, do Shamrock (trevo), do Leprechaun (duende), a cruz celta e ainda o anel de Claddagh, dentre outros.
A bandeira da Irlanda é o símbolo oficial que representa o país em eventos internacionais, levando a identidade irlandesa ao mundo. É uma bandeira tricolor, com faixas verticais nas cores verde, branca e laranja. Sua adoção oficial foi no dia 29 de dezembro de 1937 e as proporções oficialmente aceitas são de 1:2.
A bandeira em questão foi criada pelo nacionalista irlandês Thomas Francis Meagher, o qual lutou durante sua juventude pela independência da Irlanda em relação aos britânicos. Há na Irlanda também bandeiras regionais, militares e históricas.
Cores
As cores da bandeira da Irlanda são o verde, o branco e o laranja. Uma possível explicação para as cores da bandeira da Irlanda seria a de que o verde simbolizaria a tradição gaélica, que foi uma ordem política que existia na Irlanda antes da invasão normanda, e que deixou marcas na cultura, na linguagem e também nos costumes dos irlandeses.
Da mesma forma, o verde estaria ligado ao nacionalismo. Já o branco teria ligação com os anseios pela paz, enquanto o laranja seria uma representação do protestantismo inglês, também referenciado como menção aos seguidores de Guilherme III & II, que foi o Príncipe de Orange, monarca da Inglaterra e Irlanda ainda em fins do século XVII.
Onde se encontra a Irlanda?
A República da Irlanda está localizada na Ilha da Irlanda, juntamente com a Irlanda do Norte, na Europa, sendo que cinco sextos da ilha formam a República da Irlanda, enquanto apenas um sexto forma a Irlanda do Norte.
O território da Irlanda é banhado pelo Oceano Atlântico (oeste), pelo Canal do Norte (nordeste), pelo mar da Irlanda (ao leste) e pelo canal de São Jorge e pelo mar Céltico (a sudeste e sul).
Que outro país tem a bandeira em verde, branco e laranja?
A bandeira da Irlanda é comumente confundida com a bandeira da Costa do Marfim, um país africano. As cores das duas bandeiras são exatamente as mesmas, mudando apenas a sequência, já que a bandeira da Costa do Marfim traz primeiro o laranja, com o branco ao centro e o verde na lateral direita.
Shamrock – o famoso trevo da Irlanda
O Shamrock é um dos símbolos mais representativos da Irlanda em todo o mundo. Ele é um trevo de três folhas que seria uma analogia a doutrina da Trindade dos pagãos irlandeses.
O símbolo aparece com frequência nas comemorações e homenagens à São Patrício, o qual teria usado o trevo para explicar a Santíssima Trindade aos pagãos celtas. São Patrício é o Apóstolo da Irlanda (Saint Patrick).
Dublin: a capital da Irlanda
Dublin é a capital da República da Irlanda, localizada na costa leste do país. É também a cidade mais importante da Irlanda, conhecida pelas belas construções históricas, como é o caso do Castelo de Dublin e da Catedral de Saint Patrick.
Irlanda do Norte e sua bandeira
A Irlanda do Norte não possui atualmente uma bandeira oficialmente aceita, de modo que comumente usa-se a bandeira Nacional do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte para representar o país.
A Irlanda é representada na bandeira do Reino Unido pela Cruz de São Patrício, vermelha em formato de X, com fundo branco.
A Irlanda do Norte está situada no nordeste da ilha da Irlanda, com 14.130 km², sendo que a maior cidade e também capital do país é Belfast. Entre os anos de 1953 e 1972, a Irlanda do Norte teve uma bandeira que a representava, a qual era chamada de “Estandarte do Ulster”.
As cores vermelha e branca já estavam presentes, as quais também constam na Cruz de São Patrício.
- A bandeira da Irlanda é tricolor.
- A bandeira da Irlanda foi oficializada em 1937.
- O idealizador da bandeira foi Thomas Francis Meagher.
- Essa bandeira é confundida com a da Costa do Marfim.
Exercícios resolvidos
» POLON, Luana. Estudo Prático. Significado da Bandeira do Reino Unido. Disponível em: https://www.estudopratico.com.br/significado-da-bandeira-do-reino-unido/. Acesso em 13 ago. 2019.
» VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.